Genocídio em Gaza – A Religião
Assim como o cristianismo tem várias versões teológicas, como os Ortodoxos, os Católicos e os Protestantes, o Judaísmo também tem suas versões: Ortodoxos, Reformistas e Conservadores.
Os Judeus não escreviam seus preceitos e definições teológicas, eles usavam a Torá que é a prática de transmitir esse conhecimento de forma oral. Mas depois de alguns séculos se torou necessário manter o registro dessas definições e dai surge o Talmude. Então o Talmude é a versão escrita da Torá.
O judaísmo tem quase 3 mil anos, e eles acreditam em um Deus uno e que o verdadeiro Messias virá para salvar a todos que seguem a sua religião. Jesus Cristo nasce judeu, vive judeu e usa essa mesma base teológica, proclamando-se o Messias, o Filho de Deus.
Na visão dos Judeus, Jesus Cristo varia de importância de acordo com a interpretação do Talmude. Em alguns casos, Cristo é apenas mais um pregador, entre tantos que existiram. Para outros ele é um apóstata, um mentiroso, que está no inferno queimando em um caldeirão de fezes. Mas para a maioria deles, Jesus é mais um dos Profetas. Importante sim, mas não sendo o Filho de Deus, nem o Salvador, nem o milagreiro.
Via de regra, o Judaísmo entende originariamente que o povo Judeu não deveria ter um país próprio. Isso é chamado de Diáspora Judaica e se tornou algo entendido como o destino do povo judeu graças às perseguições que ele sofreram nos séculos 8, 6 e 1 antes de Cristo, que os forçaram a viver espalhados pelo mundo.
Mas há uma corrente entre os Judeus que discorda que esse deva ser o destino dos Judeus e que eles têm direito a um país para chamar de seu. Esses são os Sionistas.
O Estado de Israel é fruto da influência dos Sionistas na política europeia, que conseguiu uma autorização da Inglaterra para a criação de um Estado em território Palestino, uma vez que a Palestina estava sob dominação inglesa.
Mas o sionismo vai além do desejo a ter um Estado e terras. Eles se intitulam “Os Filhos da Luz” e todos que se opuserem a seus objetivos devem ser eliminados. Incluídos os cristãos e os judeus não sionistas.
O Estado de Israel tem um povo progressista que não tem determinados freios religiosos: o aborto é permitido e legalizado, ser Gay ou Lésbica não é pecado e a união homoafetiva é amplamente aceita, inclusive nas forças armadas. Inclusive a tortura é permitida pela constituição deles.
Vale lembrar que recentemente a posse e uso recreativo da maconha também foi liberada.
Então eu fico me perguntando o porque de toda essa simpatia dos Cristãos com Israel e os sionistas que vivem lá.
Ser anti genocídio não faz de ninguém antissemita. É assim que os Judeus denominam aqueles que perseguem Judeus. Querer que os Palestinos parem de ser mortos, presos, torturados, expulsos de suas casas e de sua terra, não é ser antissemita. Querer que os Palestinos tenham seu pais, sua terra e sua autonomia política, não é ser antissemita. Chegar a um acordo justo para que Jerusalém se mantenha como território neutro para a boa convivência de Judeus, Muçulmanos e Cristãos, não é ser antissemita.
Mas invadir terras alheias, matar, prender e torturar é crime. E bombardear indiscriminadamente matando mais de 22mil pessoas, das quais 12k eram crianças, é genocídio sim. E parece que vai piorar: mais de 1 milhão de crianças estão em total insegurança alimentar porque Israel não permite a entrada da ajuda humanitária.
Vídeo para a entrevista: https://www.portaldiario.com.br/noticias/religiao/654912/video-por-que-toda-essa-simpatia-dos-cristaos-com-israel-e-os-sionistas-questiona-professor.html
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