GAZETA: Bodas de Prata
Por José Antonio – Neste dia Primeiro de Janeiro de 2024, estamos completando vinte e cinco anos de existência e com a edição número 1.308 iniciamos mais um ano. Ao longo deste período publicamos mais de 22 mil reportagens, vinte mil pequenas noticias, seis mil artigos opinativos, dezenas de poesias, mais de quatro mil colunas com artigos dos colaboradores, dezenas de cadernos especiais, 25 edições comemorativas do Dia da Cidade de Cajazeiras e mais de 15 mil fotografias. Todo este acervo está impresso em mais de 16 mil páginas.
Na História da Imprensa Escrita de nossa cidade, o GAZETA, continua a ser o que tem vida mais longa e ininterrupta, o que não deixa de ser, para todos nós, motivo de imensurável valor e um grande orgulho.
Um projeto que foi sonhado durante anos, no inicio dos anos setenta, só em 1999, no dia primeiro de janeiro, começava a se tornar realidade e nascia a primeira edição, o que para alguns, já surgia com o estigma de que poucos meses duraria, a exemplo de outras tentativas.
Com obstinação, coragem, determinação, audácia, desprendimento e sem pensar em ganhar dinheiro partimos para o desafio, junto a outros loucos e sonhadores: Josival Pereira e Cristiano Moura.
Sabíamos das dificuldades que íamos enfrentar, além do total descrédito, que por incrível que pareça, ainda hoje existe, principalmente quando o jornal atrasa, por culpa dos correios, a chegar a algumas regiões do Brasil, recebemos um telefonema acompanhado da seguinte observação: “pensei que tinha fechado”.
Passados estes vinte e cinco anos procuramos sempre deixar registrados os fatos que a equipe, nunca uma única pessoa, imaginava serem os mais importantes da semana. É claro, e isto nós reconhecemos, que na seleção, existe sempre a subjetividade e a maneira de ver e analisar de cada um na hora de escrever a noticia, da sua formação acadêmica, de sua filosofia e da ideologia de cada escritor.
Como toda pequena empresa, temos as nossas imensas dificuldades, mas sempre superadas com a ajuda de muitos amigos e principalmente de nossos anunciantes e colaboradores. Reconhecemos também as nossas limitações e temos a consciência que precisamos melhorar em todas as áreas do jornalismo impresso, principalmente na distribuição, mas são obstáculos que desejamos e temos a determinação de superá-los.
O que nos anima e nos conforta nesta difícil jornada são os muitos depoimentos que tenho recebido sobre o nosso GAZETA, além de ter me proporcionado ampliar por centenas de vezes o número de amigos e também de poder patrocinar a aproximação de muitos cajazeirenses espalhados por rincões brasileiros, muito embora outros meios de comunicações o faça com muito maior velocidade. O jornal impresso ainda é o meio mais gostoso de ler uma noticia.
Ao longo desta caminhada foram grandes as emoções e muitas vezes fiquei admirado e gratificado ao ver um homem/mulher sair de sua residência, da periferia, de uma rua sem calçamento, sem esgoto, sem iluminação pública e percorrer um longo trajeto até a nossa sede para comprar um exemplar do GAZETA e consigo trazer 30 moedas de 10 centavos para pagar e sempre faço as mesmas perguntas: para quem é este jornal? Qual a matéria que lhe interessa? Qual o seu grau de escolaridade? Depois do diálogo fico muito satisfeito e emocionado. Sempre que acontece um fato deste, fico durante dias com a alma e o coração cheios de alegrias ao constatar que pessoas simples e humildes têm prazer de ler o nosso jornal. É a lição da perseverança.
O resgate de nossa bela história e o registro dos fatos atuais que será a história no amanhã tem sido a nossa principal meta. Cajazeiras era uma cidade sem memória, sem registro continuo dos atos de seu povo e de sua gente. Digo, sem modéstia, que nenhum pesquisador poderá escrever a nossa história, na última década e meia, sem se debruçar sobre os arquivos do nosso GAZETA, a exemplo de várias pesquisas que estão sendo feitas por universitários tendo como fonte o nosso acervo.
Queremos agradecer aos assinantes, aos anunciantes, colaboradores, e funcionários por mais esse ano que passamos juntos e queremos desejar a todos muitos sucessos e bonança no ano de 2024.
É nosso desejo, eu, Antonieta, nossos colaboradores e funcionários que possamos continuar a ajudar na construção e preservação de nossa História.
Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Sistema Diário de Comunicação.
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