Faltou a vela na festa virtual da ACAL
A festa de primeiro aniversário da ACAL deveria ocorrer com a participação da sociedade cajazeirense. No entanto, a pandemia do coronavírus não deixou. Começamos a planejar e desenvolver ações concretas ainda no ano passado. A preparação da Revista da ACAL que seria lançada no dia 24 de maio, foi uma delas. Articular apresentações literárias, artísticas e culturais foram outras. Tudo se encaminhava na direção de um evento mais grandioso do que a festiva posse dos 38 sócios fundadores, no Cajazeiras Tênis Clube. Grandioso e participativo, envolvendo a cidade e sua reconhecida fortaleza cultural e artística, numa atitude firme da Academia, aliás, mais significativa do que inflar nossas vaidades individuais. A covid-19 frustrou tudo isso.
Confinados, como fazer?
Em branco a data não passaria. Já vivenciáramos, em março, pequena experiência à distância. Por imposição da pandemia, suspendemos Assembleia Geral Extraordinária, convocada por Edital, nos conformes do Estatuto. Decidimos, porém, votar a reforma do Regimento Interno, a fim de elidir esta esdrúxula exigência: para ingressar na ACAL, o candidato teria que comprovar seu domicílio na Paraíba, pelo prazo mínimo de dez anos! O voto virtual corrigiu o erro. Esse passo nos animou.
E os obstáculos?
Inexistiriam se todos fossemos habituados ao uso de tecnologia virtual. Não somos. Alguns de nós, este cronista inclusive, apenas bordejamos esse mundo estranho… Um exemplo? Baixar um simples aplicativo. Quando o confrade Christiano Moura sugeriu o Zoom, por ser prático e gratuito, teve o imediato aplauso de Guilherme Sargentelli. Sem perder tempo, recomendou-se no grupo WhatsApp: baixar o aplicativo é o primeiro passo. Como é que gente feito eu, Paulo Andriola, Irismar Gomes, Abdiel Rolim, Francelino Soares e Tantino Cartaxo vamos sair dessa, pensei. Da mesma geração, embora Irismar seja menos idosa, recorremos a gente da família. Sob risada, minha filha baixou o aplicativo em menos de dois minutos! Oxente, é tão fácil assim?
Outros pequenos empecilhos foram sendo vencidos com a dedicação de confrades e confreiras afeitos aos “mistérios” da tecnologia da comunicação virtual. Resultado, dia 24 de maio de 2020, às 17 horas, 19 dos 38 sócios fundadores da ACAL estavam conectados! Outros bateram à porta, mas, por motivos alheios à vontade de cada um, não puderam entrar na sala… Poucos, pouquíssimos, mesmo pudendo, não o fizeram.
O aniversário não passou em branco.
Enfrentamos as restrições pandêmicas, muito embora fosse outro o sonho, acalentado desde o ano passado. Sonho ousado. A festa seria uma convocação à sociedade cajazeirense, para que ela participe de nossa alegria. Para tanto, vários confrades e confreiras já estavam em plena atividade preparando o primeiro número da Revista da ACAL, cuidando da feitura e edição de livros que seriam lançados, da seleção de grupos musicais e artísticos, de poetas e repentistas, de exposições fotográficas e coisas do gênero. Queríamos dar a Cajazeiras a oportunidade de, mais uma vez, constatar sua forte diversidade cultural.
Cito apenas uma amostra do que estava sendo preparado para festejar sua existência da Academia, antes de soprar a velinha no nosso bolo. A vela seria soprada, no ritual consagrado há séculos, jamais seria apagada! Por enquanto, ele só hiberna. Quando a desgraça da covid-19l passar, ela alumiará com sua chama novos cantos e encantos.
Presidente da Academia Cajazeirense de Artes e Letras – ACAL
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