Desafio na saúde e clamor da população
Por José Anchieta
A cidade de Cajazeiras tem enfrentado, ultimamente, uma fase das mais difíceis na área de saúde. As doenças transmitidas pelo Aedes aegypti: dengue, chikungunya e zica, cujos sintomas são muito parecidos, têm castigado a população de forma impiedosa, resultando na superlotação das unidades hospitalares, e expondo ainda mais todas as deficiências da nossa rede pública de atendimento.
Cajazeiras, segundo admitem as próprias autoridades de saúde, já vive uma verdadeira epidemia dessas doenças, fato alertado há alguns meses, pelo setor competente da Secretaria Estadual de Saúde, quando revelou o quadro de cidades com os maiores índices de infestação do mosquito.
A população cajazeirense tem reclamado muito da ausência de políticas públicas mais eficazes de combate ao Aedes, e teme que a situação se agrave ainda mais, neste tempo chuvoso, que é muito propício para a reprodução mais rápida do mosquito.
Diante dessa realidade, a preocupação surge em dose dupla: as condições precárias da infraestrutura da cidade e as deficiências de atendimento na rede pública. Esses dois problemas, somando-se ainda a ausência de medidas preventivas por parte da própria população, podem resultar num quadro, verdadeiramente, lastimável.
Inegavelmente, essa é uma situação preocupante, e que exige ações urgentes e mais fortes dos órgãos públicos. É preciso chamar a sociedade para essa luta, a exemplo do que já ocorre em outros municípios brasileiros, onde instituições públicas e segmentos sociais deram as mãos num grande movimento de combate ao mosquito.
Cajazeiras não pode assistir de braços cruzados o sofrimento de tanta gente, principalmente de crianças e idosos acometidos dessas doenças. É preciso um grito de alguém para uma mobilização, envolvendo todos os órgãos de saúde, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Tiro de Guerra, clubes de serviços, faculdades, entre outras instituições e segmentos da sociedade civil organizada. Sem isso, o mosquito vai continuar fazendo suas vítimas, e a população clamando por ações.
O desafio está posto, e espera-se que alguma coisa seja feita, para pelo menos minimizar esse quadro crítico, que vem angustiando as famílias cajazeirenses.
Comemorando 50 anos
A paróquia de São João Bosco, na zona sul de Cajazeiras, abre neste domingo (10), as comemorações dos seus 50 anos de fundação, realizando a tradicional Marcha contra as Drogas. O evento vem crescendo a cada ano, e marca a luta de segmentos da sociedade local, notadamente da Igreja Católica, na prevenção contra esse grave problema. Por outro lado, registra-se uma inquietação muito grande da sociedade, que cobra políticas públicas mais eficazes em todas as esferas do poder para o enfrentamento do referido problema.
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