Depois da eleição II
Por Francisco Inacio Pita – Depois das eleições, tudo muda, começa a faltar medicamentos na maioria das farmácias básicas dos municípios, os postos de saúde não funcionam corretamente, o atendimento nas residências dos doentes com maiores comodidades fica mais difícil, o que era frequente no período eleitoral, boa parte dos veículos das prefeituras estão quebrados e as peças de reposição não têm na região, começa o péssimo atendimento de todas as formas, o povo rico pouco padecerá e a maioria da pobreza sofrerá bastante. É claro, isso não é uma regra para todos os municípios, mas a grande maioria opera dessa forma, principalmente nas gestões nas quais os prefeitos perderam as eleições.
A maioria dos responsáveis pela administração e legislação desaparece do meio do povo, e assim vai, a grande mudança no seguir da carruagem. É claro, não é uma norma exata como as regras da matemática, mas poucos prefeitos e vereadores mantêm a mesma atuação e a presença no meio do povo como no período eleitoral, e principalmente, aqueles que prometeram muito, não conseguiram se reeleger e vão entregar o cargo aos adversários, e de tal modo, gera uma grande diferença depois das eleições.
Fica na boa, os prefeitos reeleitos que terão mais quatro anos de atuação, mordomias, várias vantagens em diversos setores, acordos com os outros meios, é sempre admirado no lugar onde chega, tem sempre auxiliares ao seu lado, um bom salário e outras vantagens que eu não citarei aqui, enfim, pouco falta para ele e seus familiares, desde a assistência médica necessária e a melhor da região e do país, enfim, sua vida apesar de ser vigiado pela oposição, quando existe, mas tem sempre mais vantagens do que desvantagens no seguir de mais quatro anos. Se era um bom gestor, a tendência é continuar excelente, principalmente se tiver interesse no futuro, como: concorrente ao cargo de deputado estadual e outras pretensões políticas. O referido gestor, que pensa no futuro, sempre escolhe um vice-prefeito da sua linhagem, costumeiramente indica uma pessoa de muita confiança. Por outro lado, quando não há aspiração para seguir, faz uma administração de péssima qualidade. Os eleitos trocam costumeiramente de carro, colocam um fumê bem escuro, por onde ele passa ninguém mais o conhece, e se livra das promessas mal feitas durante a campanha eleitoral.
O eleitor que contrariou a lei e recebeu dinheiro ou outro benefício para votar em alguém será sempre humilhado, no momento em que precisar de atendimento da parte do gestor ou do vereador. A lei não permite receber vantagens de qualquer natureza em troca do voto, mas a Justiça Eleitoral para atuar precisa de denúncia e poucos concorrentes fazem denúncias, nem mesmo o adversário mais acirrado, porque a maioria deles tem medo de ser também processado. Afinal de contas, quase todos são “farinha do mesmo saco”.
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Depois que passa a eleição, o prestígio de muitos eleitores cai ao fundo, principalmente para aqueles que ficaram solicitando ajudas durante a campanha eleitoral. A maioria dos gestores e gestoras, sejam reeleitos ou os novatos, começa a se esconder do povo, especialmente daqueles eleitores a quem prometeram empregos e outros benefícios que jamais irá cumprir durante a sua gestão.
Depois das eleições, a cuica muda o tom em diversas situações, começa a má assistência necessária para o povo, os adversários são humilhados por assessores incompetentes e de mau humor, que veem o adversário como um inimigo, não lembram que os pedidos, principalmente em caso de doenças, são obrigações do poder público para todos, sejam rivais politicamente ou não. O funcionário público que assim procede está cometendo um grande erro, até porque os recursos usados nas ações são patrimônios públicos e devem ser aplicados ao povo em geral.
Mote: muda tudo depois da eleição
e o povo paga a conta sem dever.
Quando passa o peito eleitoral
tudo muda na reta da gestão
diminui o projeto de ação
e muita gente é levada a passar mal
diminui a projeção do seu sinal
e os gestores se ausentam do poder
vai passear e curtir com prazer
e gastar a miúdo o nosso tostão
muda tudo depois da eleição
e o povo paga a conta sem dever.
O sofrer da pobreza é devotada
sua luz de repente quase apaga
o povo diz, esse prefeito é uma praga
a atenção para o povo é acabada
a boa semente fica toda estragada
e notará que foi mal ao lhe escolher
e não prever o que vai acontecer
no caminho da sua projeção
muda tudo depois da eleição
e o povo paga a conta sem dever.
O candidato se eleito vai curtir
sua vida de descanso no turismo
e depois que assume vem o abismo
com o povo direto a lhe pedir
ele tem pouco para sorrir
e tem sempre o estresse no viver
quando ele começa a perceber
já está envolvido na detenção.
muda tudo depois da eleição
e o povo paga a conta sem dever.
Finalizo a passagem dessa rima
com fé em Jesus na minha ação
porque tenho por ele devoção
e bastante alegria e autoestima
muita glória e o poder vem de cima
escolhi um gestor para crescer
a cidade com certeza vai manter
a sequência de uma boa administração
muda tudo depois da eleição
e o povo paga a conta sem dever.
Muito obrigado a todos e até o nosso próximo encontro.
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