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José Ronildo

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Comunicação

13/12/2024 às 19h52

Lula - Foto: Ricardo Stuckert/Divulgação

Por José Ronildo – Antes de passar mal e ser levado para o hospital, onde se submeteu a uma cirurgia, o presidente Lula demonstrou preocupação com a comunicação do governo durante um encontro do seu partido, o PT. O presidente não conseguia entender porque as ações do governo não estavam chegando à população, resultando em uma aprovação maior do que as observadas.

O chefe do executivo entende que todos do governo e do PT precisam intensificar essa divulgação na internet, como ocorre com a extrema direita que tem se sobressaído nas redes sociais com informações negativas em relação ao governo. Ele também entende ser importante dar mais entrevistas nas emissoras de rádio e TV.

A mais recente pesquisa Genial/Quaest divulgada na última quarta-feira, aponta que a aprovação da gestão do presidente Lula variou de 51% para 52%, mantendo-se acima da rejeição, que subiu para 47%. O fato é que mesmo a economia indo bem, com o menor índice de desemprego da história e o PIB surpreendendo o mercado, a inflação controlada, apesar das reclamações por parte da população em relação ao aumento de preços da cesta básica, os índices de aprovação não crescem o esperado.

O governo não só manteve em R$ 600 reais o pagamento mínimo do Bolsa Família, como ainda criou abonos para famílias com crianças e adolescentes, podendo esse valor chegar a mil reais mensais, após uma reestruturação e um pente fino para beneficiar realmente as famílias e as donas de casa, especialmente as que são provedoras do lar.

Para se ter uma ideia, o Bolsa Família, que foi transformado em um programa de renda mínima chega este mês a 20,81 milhões de famílias contempladas. Neste mês de dezembro, 200 mil novas famílias passaram a fazer parte do Programa com benefício médio é de R$ 678,36.

O mês registrou 54,37 milhões de pessoas beneficiadas pela transferência de renda, Bolsa Família em todos os municípios brasileiros, entre as quais estão 16,75 milhões de crianças com até 11 anos e outros 7,67 milhões de adolescentes entre 12 e 17 anos. O investimento do Governo Federal no Bolsa Família em dezembro é de R$ 14,07 bilhões. Além de ajudar as famílias pobres, o programa injeta muito dinheiro na economia dos municípios, beneficiando o comércio como um todo.

O ministério da Educação criou o programa Pé de Meia que paga uma bolsa para estudantes do Ensino Médio, como forma de combater a evasão escolar nessa fase dos estudos, tendo em vista que muitos jovens abandonam as escolas públicas, justamente para trabalhar, se manter e ajudar a família.

Nas grandes catástrofes, como as enchentes no Rio Grande do Sul, o governo esteve presente. No Nordeste, o governo vem dando continuidade a duas grandes obras: a Transnordestina e a transposição do Rio São Francisco que já mudou a realidade da região do semiárido nordestino, dando a segurança hídrica também almejada, especialmente das cidades grandes e médias.

Não resta dúvida que existem alguns gargalos, como a questão da violência que deve estar pesando na desaprovação do governo. Em cidades como São Paulo e Rio a situação está insuportável.

Uma coisa é certa, pelo grau de polarização entre Lula e Bolsonaro, dificilmente o presidente avança nessa questão de aprovação do governo, ultrapassando por exemplo 60 ou 70%. Quem votou em Bolsonaro continua votando porque pensa igual a ele. O ex-presidente teve o apoio do sul e sudeste, do agro, evangélicos e militares, mas não foi suficiente para suplantar o favoritismo de Lula no Nordeste apesar de todo o esforço do governo passado.

São pessoas que pensam da mesma forma que o ex-presidente e que são antilula. Para o eleitor de Bolsonaro ele vem sendo perseguido pelo Supremo, especialmente pelo ministro Alexandre de Morais e nas manifestações quando Bolsonaro estava no poder, defendiam o seu fechamento e a até a volta da ditadura.

Mesmo inelegível, Bolsonaro continua alimentando esse eleitorado e sonhando em disputar novamente a presidência, inclusive, trabalhando para evitar o surgimento de outros nomes no campo da direita, e quem sabe, voltar ao poder como aconteceu seu aliado, Donald Tramp, nos Estados Unidos.


Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Sistema Diário de Comunicação.

José Ronildo

José Ronildo

Redator do Jornal Gazeta, Radialista e apresentador do Microfone Aberto da Rádio Alto Piranhas

Contato: [email protected]

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José Ronildo

Redator do Jornal Gazeta, Radialista e apresentador do Microfone Aberto da Rádio Alto Piranhas

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