Cinco anos da Academia Cajazeirense de Artes e Letras
Por Francisco Frassales Cartaxo – A Academia Cajazeirense de Artes e Letras completará, no próximo dia 24 deste mês, cinco anos de existência. A data foi escolhida por ser uma sexta-feira, dia conveniente para a festa solene de instalação. Definida aquela data, Ubiratan de Assis, Francelino Soares e eu, verificamos que coincidia com o aniversário de nascimento de Ivan Bichara Sobreira. Maravilha! Ora, Ivan foi jornalista, dirigente de jornal, ensaísta literário, romancista, enfim, um homem de letras, além de ter sido deputado estadual, deputado federal e governador da Paraíba. Por isso é Patrono da ACAL. Sem intenção, acertamos na homenagem ao ilustre neto do professor Francisco Gonçalves Sobreira, um dos pioneiros do ensino em Cajazeiras, para onde veio, nos meados do século XIX, atraído pelo padre Inácio Rolim.
Para que serve a Academia?
Composta de 40 Cadeiras, cada uma com seu Patrono ou Patronesse, que de alguma forma prestou serviços à cultura em nossa terra, pelas ações desenvolvidas visando preservar nossos valores, participando de episódios da história cajazeirense. Não é obra do acaso que muitos Patronos foram educadores no passado. E no tempo presente. Isso foi resultante de critérios fixados, há cinco anos, a fim de realçar a singularidade histórica de Cajazeiras, cidade formada e impulsionada por uma escola/colégio, criação pelo padre-mestre Inácio de Sousa Rolim. Ainda hoje Cajazeiras tem no ensino um fator nuclear de primeira grandeza no sertão nordestino. Então, a ACAL serve, entre outras coisas, para preservar essa benéfica tradição.
E no plano individual?
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As Academias têm a função de incensar vaidades. Há quem diga que elas acendem fogueiras de vaidades, expressas na tradição do uso de imortal simbologia: diplomas floridos, insígnias, reluzentes medalhas, exibidas no peito em festas solenes! Não inventamos tais coisas. É da tradição, herdada da França, desde 1635, quando foi fundada a primeira Academia, por políticos, à frente o Cardeal Duque de Richelieu! De lá vem o número cabalístico de 40 Cadeiras, aliás, eficiente freio à propagação das vaidades pessoais!
Apesar da Academia Francesa de Letras ter sido criada por Ato do rei Luís XIII, essas entidades não são órgãos de governo, embora dependam muito da colaboração do poder público. A nossa, por exemplo, funciona em espaço de um imóvel histórico, cedido pela prefeitura de Cajazeiras, o que não implica em vínculo de subordinação, muito menos de ligação político-partidária, mas de respeitosa e mútua convivência.
Presidente da Academia Cajazeirense de Artes e Letras
Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Sistema Diário de Comunicação.
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