Centralização
Por José Ronildo – O governo do Estado tem se comunicado muito mal em Cajazeiras. O que tem prejudicado é a centralização das informações. O governo vem enfrentando alguns problemas, especialmente no setor da educação, que começou com falhas no transporte escolar, como lamentavelmente vem ocorrendo todo ano. Desde o ano passado que os estudantes da escola Cristiano Cartaxo reclamam da falta de climatização das salas e outros problemas na estrutura física, mas infelizmente até hoje, sem solução.
As aulas da Escola Dom Moisés Coelho ainda não foram iniciadas e vários protestos já foram realizados pelos estudantes e pais. O prédio da escola é antigo e ano passado parte do teto desabou durante uma reforma, após uma coluna ruir. Este ano, o governo do Estado resolveu improvisar algumas salas de aula na quadra de esportes. O problema é que até hoje elas não entraram em funcionamento. Culpam a Energisa.
Com todos esses problemas, as diretoras dessas escolas foram proibidas de se pronunciar e até a gerente regional de Educação também foi orientada a não dar declarações à imprensa e falar sobre as providências que estavam sendo adotadas. Qualquer declaração deveria partir da assessoria de imprensa da Secretaria de Educação do Estado ou do secretário.
Essa centralização termina prejudicando o trabalho da imprensa local que quer informar à comunidade, inclusive, a escolar a respeito das providências que estão sendo tomadas, e prejudica a população que fica sem informações, além do próprio governo.
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A mesma coisa ocorre em relação a outros órgãos do governo do Estado. A diretora do Hospital Regional de Cajazeiras não presta entrevista à imprensa local; não tem divulgação dos atendimentos realizados. Pelo menos no início deste ano foi divulgado o balanço dos atendimentos em 2023. Outros hospitais do Estado fazem essa divulgação mensal ou até a cada final de semana.
O 6º Batalhão de Polícia Militar fazia um balanço anual do trabalho realizado, como número de armas apreendidas, drogas, homicídios, assaltos, oportunidade em que se fazia uma comparação com o ano anterior. Hoje, somente a Secretaria Segurança Pública do Estado pode divulgar esses números e as estatísticas.
Além de fornecer essas informações, os gerentes desses órgãos deveriam estar sempre abertos a entrevistas, e até agradecer; páginas nas redes sociais deveriam ser criadas, como acontece com as secretarias municipais de educação e saúde do município de Cajazeiras. Em relação ao Estado, a gente observa que quem na realidade faz a divulgação das obras nas redes sociais e nas emissoras de rádio, são os deputados estaduais Júnior Araújo e Chico Mendes.
A falta de informações das obras e ações do governo é imensa. No momento, por exemplo ninguém sabe nada a respeito da empresa que está executando as obras da estrada de Engenheiro Avidos. A empresa realmente foi dispensada pelo governo após enrolar por quase quatro anos? Uma nova licitação será realizada para escolha da nova empresa? Ninguém sabe absolutamente nada. Como já dizia o Chacrinha, “Quem não se comunica, se trumbica”.
Chapa formada
Nas eleições 2026, o governador João Azevêdo será candidato a Senador. A afirmação foi feita pela deputada estadual Doutora Paula, do PP. Segundo ela, o atual vice-governador Lucas Ribeiro (PP) assume o governo e será o candidato à reeleição.
“Houve uma reunião na granja do governador no início do ano. Ele convidou todos os deputados estaduais e federais para emplacar a chapa de 2026. Ele disse: Eu, João Azevêdo, serei candidato a senador. Hugo Motta também a senador; Lucas assume o governo. Ele disse que Lucas assume o governo e, naturalmente, será o candidato disputando a continuidade no cargo. Então, a chapa ficou formada.
Conforme a deputada, a atual senadora Daniella Ribeiro não sairá para o Senado porque as duas vagas seriam de João Azevêdo e Hugo Motta. “O PP não fez nenhuma reunião para ter uma ideia como vamos nos comportar com uma surpresa de João não sair e eu acredito que João vai sair do governo, disse”.
Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Sistema Diário de Comunicação.
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