Centenário e comemorações tímidas
Por José Anchieta
Historiadores e ambientalistas cajazeirenses lembraram, esta semana, os 100 anos do nosso Açude Grande, ou Açude Senador Epitácio Pessoa, lamentando o atual estado de abandono do manancial, cujas águas continuam poluídas e sem nenhuma utilidade.
Construído na fazenda que deu origem ao município cajazeirense, o açude que já abasteceu a cidade até a chegada das águas de Engenheiro Avidos, e que foi muito divulgado como cartão postal, vendo sendo vítima, ao longo dos anos, da ausência de atenção e compromisso com o seu valor histórico e com sua importância no contexto político, econômico, social e cultural da terra do Padre Rolim.
Pois bem, nesses 100 anos de inauguração, pouco ou quase nada foi feito para revitalizá-lo e reintegrá-lo à vida normal da cidade. Pelo contrário, esse importante patrimônio ambiental, que sempre serviu de inspiração para os poetas e para se contemplar o beleza do por do sol, vem sendo alvo de descaso e insensibilidade. Os esgotos das construções e ocupações irregulares já invadem grande parte do lago, poluindo sua bacia hidráulica, o que é profundamente lamentável.
Nos últimos anos, discutiu-se muito um projeto de revitalização do velho açude, inclusive, anunciando-se a liberação de recursos do Ministério das Cidades, o que não se confirmou. O que se comenta é que a Prefeitura perdeu os recursos disponibilizados, apesar de todo o empenho de segmentos da sociedade civil organizada, a exemplo da AC3 e da AC2B, entidades de cajazeirenses e cajazeirados, de reconhecida defesa dos interesses coletivos da cidade.
A AC3, aliás, teve a iniciativa de chamar todos os segmentos e o próprio poder público para discutir uma proposta de projeto arquitetônico, visando concretizar esse projeto de resgate. A ideia era de revitalizá-lo e construir uma estrutura recreativa para se desenvolver em seu entorno condições de atividades turistas geradoras de trabalho e renda.
Mas, a verdade é que nada avançou, e o histórico açude continua poluído e abandonado. Seu Centenário, lembrado por poucos que têm compromisso com a memória de Cajazeiras, foi comemorado timidamente. E não podia ser diferente, diante do atual quadro. Faltam sensibilidade e compromisso com a história.
Não tem briga
Quem pensou em racha na oposição de Cajazeiras, em razão de divergências sobre o impeachment da presidente Dilma, se enganou. Nessa terça-feira (19), o deputado José Aldemir e o ex-deputado Vituriano de Abreu se reuniram em João Pessoa, e trataram de acalmar as demais lideranças e militantes. Os dois avançaram nos entendimentos para manter o grupo unido e forte, visando o próximo embate municipal. Foi o próprio José Aldemir que fez essa revelação à Coluna, manifestando-se muito satisfeito com a conversa, visando, sobretudo, a unidade do grupo oposicionista local, que é composto por várias tendências partidárias.
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