Centenário de Nascimento de Leopoldina de Brito Albuquerque I
Por José Antonio – Neste dia 17 de abril de 2023, minha mãe, Leopoldina de Brito Albuquerque (1923/2015), conhecida popularmente como Dona Mãezinha, completaria cem anos de seu nascimento.
Nunca a interroguei o porquê de a chamarem de “Mãezinha”, uma falha minha, talvez, tivesse sido por meu pai e ela terem “adotado” muitos parentes em sua casa, ou porque ela realmente era uma extraordinária mãe.
Mãe de nove filhos. seis mulheres e três homens: Linda, Neide, Francineide, Lucia, Socorro e Aparecida; Arcanjo Filho e Sales. Eu fui o primogênito e havia comentários de “bastidores” que eu seria o que ela queria mais bem, em função de ser “filho de moça” e porque as dores para eu nascer, teriam sido bem maiores do que os oito restantes. Ainda hoje, minha irmã Lúcia, me trata como o “bugari de Mãeinha”, era assim que todos nós a chamávamos e pedíamos a benção.
Quando casou, “retiraram” toda a sua origem materna, cuja genealogia dos “Afonsos e Carvalhos” foram apagados de sua história de vida e ela sempre lamentou este fato, além dos filhos, que ao serem registrados, apenas uma de minhas irmãs, Neide, constava “Brito” e ela em tom de brincadeira dizia: só ela é minha filha. Coisas dos escrivães daqueles tempos.
As famílias Afonso e Carvalho migraram e se instalaram as margens do Rio Piranhas, nos municípios de São João do Rio do Peixe e Cajazeiras e foram, ao lado de outras famílias, os fundadores dos Distritos de Engenheiro Avidos e Gravatá. Minha mãe é são-joanense.
Meu avô paterno, Trajano José de Brito (1875/1963), era natural de Itabaiana e seus pais eram Joaquim de Brito e Maria de Brito e minha avó materna era Benvinda Maria de Brito (1877/1971), filha de Manoel Afonso de Carvalho e Leopoldina Afonso de Carvalho e tinha mais cinco irmãos: José Senhor, Antonio Senhor, Manoel Senhor, Coriolano e Generino Afonso de Carvalho.
Minha mãe tinha onze irmãos: Antonio José de Brito, Idelzuíte, Onélia, Jovita, Aldenora, Crizante, Gorgônho, Napoleão, Otília, Maria e Adélia. Meu avô era um retirante, morou em várias cidades dos sertões da Paraíba, sempre com os “cacarecos” em cima de um caminhão, em busca da sobrevivência e fugindo das secas e foi durante a construção do Açude do Boqueirão de Piranhas, que com seu “café”, Leopoldina, conheceu o meu pai e se casou na Capela de Nossa Senhora Aparecida, em 1945, no Distrito de Engenheiro Avidos. Meu pai ficou encantado com a beleza de minha mãe e impressionado com suas prendas: bordava, costurava, era alfabetizada e tinha uma belíssima caligrafia, além de possuir fortes e decisivas opiniões. Era determinada e valente e foi a responsável pelo sucesso da família e ajudou na formação do patrimônio que nós herdamos e que meus pais costumavam afirmar: “a educação é o bem maior que vamos deixar pra vocês, meus filhos: esta sim será por toda a vida”.
Vamos iniciar a comemoração do centenário de nascimento de minha mãe com uma missa, que será celebrada na Capela de São Francisco, no Sítio Cochos, domingo, dia 16/04, num pedaço de terra abençoado, que meus pais tanto amavam e que com muito trabalho e suor derramado conseguiram comprar. Estejam convidados para esta celebração e para outros eventos que acontecerão durante todo o ano.
Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Sistema Diário de Comunicação.
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