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José Antonio

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Campus da UFCG de Cajazeiras: um gigante atrofiado

13/03/2014 às 19h56

Vi nascer o Campus Universitário de Cajazeiras, no dia 1º de Agosto de 1979, e venho acompanhando o seu crescimento. Nestes seus 35 anos de existência não podemos mensurar ainda o quanto esta unidade de ensino superior foi e esta sendo importante para o desenvolvimento econômico e ainda mais o quanto ele tem contribuído para o crescimento da qualidade de ensino de nossa região, enquanto Centro de Formação de Professores e mais recentemente, com os cursos da área de saúde, vai poder contribuir para melhorar a qualidade de vida de nosso povo.

Durante o reitorado do professor Thompson Mariz o Campus cresceu e se agigantou em obras e serviços: milhares de metros quadrados foram construídos, áreas já construídas foram reformadas, biblioteca ampliada, novos laboratórios para pesquisa, número de bolsas de estudos multiplicadas. 

Com toda esta imensa estrutura mais a multiplicidade de serviços ofertados necessitava ter vindo agregado a este crescimento mais contratações na área técnica para formar uma base sólida de pessoal qualificado em todos os setores burocráticos. Mas infelizmente isto não vem ocorrendo.

Recentemente, não foi possível a retomada das aulas por falta de pessoal de apoio e fatos desta natureza não podiam está acontecendo, num unidade federal de ensino que tem matriculado em seus cursos mais de três mil alunos, desde o ensino médio técnico até as pós-graduações.

Outra atrofia que já vem acontecendo há algum tempo e que considero como a mais grave é a de que já deveria ter acontecido a criação de mais um Centro, para agregar tudo o que fosse da área de saúde, porque da maneira em que está é humanamente impossível um único diretor dar de conta da quantidade de serviços agora ali existentes.

Já tem um projeto neste sentido mais que ainda não sensibilizou a Reitoria para proceder a sua execução ou estaria havendo falta de interesse dos órgãos colegiados do nosso Campus na criação de mais um novo Centro?  Aí sim, com dois diretores, com a partilha dos encargos todos os serviços fluiriam com mais rapidez e estes dirigentes teriam uma parte do tempo para se dedicar a outros projetos de planejamento de suas áreas de atuação para promover mais crescimento.

O Campus está passando, desde o inicio do ano, uma “crise” institucional provocada pelo processo eleitoral para a escolha do novo diretor, em função dos candidatos estarem “brigando” na justiça para uma definição de quem será o eleito. Não se tem uma ideia até quando esta pendenga jurídica durar.

Tem outra agravante: os serviços da área de saúde vão entrar num crescente gigantesco com a construção do novo Hospital Universitário, uma obra de quase 200 milhões de reais, que terá, sem dúvida, seu cordão umbilical ligado ao Campus de Cajazeiras e isto já prenuncia uma sobrecarga de serviços para a gestão do Campus.

A diversidade e complexidade existentes no Centro de Formação de Formação de Professores de Cajazeiras precisam ser compartilhadas e divididas senão os projetos ali existentes serão prejudicados.

Em Campina Grande tem cinco Centros, com 729 professores e cerca de 10.000 alunos e 1.197 servidores, enquanto em Cajazeiras tem apenas um Centro com 3.500 alunos e 158 docentes no Ensino Superior e 17 no Médio e apenas 70 funcionários e está realizando concurso para contratar mais 20 professores.

Diante destes números vê-se da necessidade de se criar um novo Centro, para atender a já grandiosa área de saúde, caso contrário este corpo vai crescer totalmente atrofiado.

São também estes números que nos remetem a defesa da criação da Universidade Federal do Sertão e todos nós da sociedade civil organizada de Cajazeiras precisamos lutar pela sua conquista.

Novo Hospital Universitário
A sociedade cajazeirense está muito preocupada com a demora em o Reitor da UFCG, Edilson Amorim, da sua decisão para aderir à empresa EBSERH, que vai gerir/administrar a construção do HU de Cajazeiras, com recursos da ordem de 200 milhões de reais. Em audiência pública sobre este assunto, que contou com a sua presença em Cajazeiras, recebeu total e irrestrito apoio para assim proceder. 


Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Sistema Diário de Comunicação.

José Antonio

José Antonio

Professor Universitário, Diretor Presidente do Sistema Alto Piranhas de Comunicação e Presidente da Associação Comercial de Cajazeiras.

Contato: [email protected]

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Professor Universitário, Diretor Presidente do Sistema Alto Piranhas de Comunicação e Presidente da Associação Comercial de Cajazeiras.

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