Caldeira Política
Por Fernando Caldeira
JORNALISMO É OUTRA COISA – O site e a TV Diário do Sertão devem explicações a seus espectadores e leitores. Ainda que não sejam concessões públicas, tanto site quanto tv desenvolvem , também, atividades jornalísticas e, como tal, devem buscar sempre a verdade para bem informar seu público. De outra forma estarão fazendo qualquer coisa, menos jornalismo, enganando aos que lhe dão crédito.
JORNALISMO É OUTRA COISA – Este introito se dá em face de polêmica criada em torno do salário do prefeito Zé Aldemir, de Cajazeiras. Projeto aprovado e sancionado pela Câmara de Vereadores, como autoriza a lei, elevou os salários dos vereadores, secretários municipais, prefeito e vice. Registre-se que tal mudança se dá de quatro em quatro anos, que é o tempo de uma legislatura. A polêmica criada se dá pelo novo salário do chefe do executivo cajazeirense de R$ 24 mil. O site a e TV Diário têm feito disso um verdadeiro furdunço, sem o menor sentido.
JORNALISMO É OUTRA COISA – Primeiro porque o salário do prefeito cajazeirense é o menor da região em termos per capita, como já demonstramos. Segundo porque esse valor de R$ 24 mil não é novidade no Alto Sertão. De Janeiro de 2017 à dezembro de 2020 (em anexo), o prefeito de São José de Piranhas, Chico Mendes (Cidadania), recebeu R$ 24 mil durante todos esses 48 meses de sua gestão. E ninguém falou nada. E ninguém questionou nada, embora todos soubessem.
JORNALISMO É OUTRA COISA – Porque pra Chico pode desde janeiro de 2017 e pra Zé não pode a partir de janeiro de 2021? Que jornalismo é esse que vê aqui e faz vistas grossas acolá? Que jornalismo é esse que condena quem ainda sequer recebeu e nada diz de quem já recebe desde 2017? Isso não é jornalismo senão o uso de meios de comunicação de massa para fins pessoais e empresariais inconfessáveis.
POEMA DE NATAL ( Vinícius de Moraes)
Para isso fomos feitos:
Para lembrar e ser lembrados
Para chorar e fazer chorar
Para enterrar os nossos mortos —
Por isso temos braços longos para os adeuses
Mãos para colher o que foi dado
Dedos para cavar a terra.
Assim será nossa vida:
Uma tarde sempre a esquecer
Uma estrela a se apagar na treva
Um caminho entre dois túmulos —
Por isso precisamos velar
Falar baixo, pisar leve, ver
A noite dormir em silêncio.
Não há muito o que dizer:
Uma canção sobre um berço
Um verso, talvez de amor
Uma prece por quem se vai —
Mas que essa hora não esqueça
E por ela os nossos corações
Se deixem, graves e simples.
Pois para isso fomos feitos:
Para a esperança no milagre
Para a participação da poesia
Para ver a face da morte —
De repente nunca mais esperaremos…
Hoje a noite é jovem; da morte, apenas
Nascemos, imensamente.
FELIZ NATAL
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