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José Dias Neto

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Cajazeiras, a violência está em todo lugar

05/12/2017 às 16h47

Jovem Karol foi atingida por tiros em Cajazeiras e faleceu

Definitivamente a cidade de Cajazeiras não está entre as cidades mais tranquilas da Paraíba, muito pelo contrário a questão da violência está atingindo diretamente a vida, o cotidiano e a integridade dos cidadãos, os resultados catastróficos da violência, divulgados amplamente na sociedade, tem motivado as forças de segurança a realizarem algumas ações que pouco tem levado a resultados na minimização da mesma.

Precisamos levar em consideração que as marcas da violência deixam feridas abertas sem possibilidade de reconstrução de uma vida tranquila, como deveria ser por direito do cidadão, afinal, está na Constituição de 88.

As estatísticas da violência em Cajazeiras devem ser analisados de forma profunda, as mortes devem ser investigadas, as famílias devem ser acompanhadas, não podemos continuar enxugando gelo, fechando os olhos para os absurdos da nossa atualidade.

Os programas policiais das emissoras de rádio bradam aos quatro cantos de Cajazeiras que até hoje (05/12) somente em Cajazeiras foram registrados 18 homicídios, na sua grande maioria por envolvimento com tráfico de drogas.

Nestes homicídios registrados praticamente todos os casos envolveram jovens, um dos tipos mais cruéis de violência, porque afrontam a humanidade de um jovem que têm o seu direito à liberdade totalmente comprometido.

As pessoas que residem em Cajazeiras perderam a paz, tornaram-se reféns de si mesmos pela banalização da violência, onde são obrigadas a conviver com ela em um aspecto assustador. E todos os cidadãos se perguntam o que tem sido feito? O que fazer pra frear a violência?

Acreditem que a violência está generalizada em todo o país, nas grandes, médias e pequenas cidades. A grande prova é que o Primeiro Comando da Capital(PCC) uma organização criminosa do Brasil que comanda rebeliões, assaltos, sequestros, assassinatos e o tráfico em todo o país possui alguns adeptos de sua linha marginal na cidade de Cajazeiras, esses delinquentes estão por toda parte, no presídio e na periferia. A vida das pessoas está sob frequente ameaça.

Diante do atual cenário é essencial que seja elaborado o mais rápido possível um Plano de Segurança como estratégia conjunta entre Estado e Município para reforçar o combate à criminalidade. Algumas ações que surtem efeito são: áreas de monitoramento e a criação da guarda municipal, mesmo com a crise, são ações necessárias e urgentes.

A criminalidade não pode ser combatida somente com armamento, é preciso inteligência. Deveria ser elaborado um sistema focado diretamente nos pilares da parceria, tecnologia e inteligência, criando uma rede de segurança para garantir a paz ao cidadão.

As entidades deveriam realizar um grande seminário para debater a (in)segurança e traças ações eficazes para combatê-la, muito pouco tem se feito na conscientização da população diante do atual cenário desanimador.

A Secretaria de Segurança Pública do Estado precisa liderar a elaboração do plano de segurança, necessitando urgentemente da integração das policias militar, civil e até mesmo a rodoviária federal em ações concretas na cidade de Cajazeiras para conter a violência, e eu diria mais, a polícia ficaria praticamente fixa em vários pontos da cidade até que o controle seja retomado pela polícia e a população tenha segurança de fato, e ainda mais, o cidadão sinta-se seguro em sua própria cidade.

Enquanto ações enérgicas são forem tomadas, continuaremos a observar o mundo do crime sendo combatido pelas policiais de forma aleatória, e afinal, quantos homicídios/assaltos serão necessários para que a segurança pública caia na real de que o combate ao crime precisa mudar e se planejar para conquistar resultados?

A adoção destas medidas são complexas, porém necessárias. Cajazeiras precisa e como diz a música Violência dos Titãs:

‘’(…)O dia terminou a violência continua
Todo mundo provocando todo mundo nas ruas
A violência está em todo lugar
Não é por causa do álcool
Nem é por causa das drogas
A violência é nossa vizinha
Não é só por culpa sua
Nem é só por culpa minha
Violência gera violência(…)

JOSÉ DIAS NETO


Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Sistema Diário de Comunicação.

José Dias Neto

José Dias Neto

José Dias Neto é radialista e atualmente cursa Marketing na FAFIC. Além de atuar na Rádio Alto Piranhas, desempenha a função de repórter e apresentador da TV/Portal Diário do Sertão. Apresenta o programa Trem das Onze na Alto Piranhas AM aos domingos. Contato: (83) 99144-0709

Contato: [email protected]

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José Dias Neto é radialista e atualmente cursa Marketing na FAFIC. Além de atuar na Rádio Alto Piranhas, desempenha a função de repórter e apresentador da TV/Portal Diário do Sertão. Apresenta o programa Trem das Onze na Alto Piranhas AM aos domingos. Contato: (83) 99144-0709

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