Cajazeiras em festa e alegria no Céu
Francisco Frassales Cartaxo
Cajazeiras está em festa, passada a fase angustiante da pandemia, graças à vacinação, apesar dos pesares… O que seria uma semana de nossa rotina anual, transformou-se num caleidoscópico de eventos que podem marcar Cajazeiras, em um ano de eleições nacionais atípicas, em face do terrível dilema da sociedade brasileira: garantir o Estado Democrático de Direito ou arriscar aventura golpista.
Deixa isso pra lá, por enquanto.
Vamos à festa, agosto transformando a cidade num Xamegão fora de época, agora sob as bençãos do padre Inácio de Sousa Rolim. (Que estará comentando o velhinho de 99 anos com seus colegas de santidade?). As comemorações do Dia da Cidade, no entanto, permanecem incólumes. Quase! O hasteamento da bandeira com repetitivos discursos, em frente à prefeitura municipal, seguido da missa, (agora em novo local), na paróquia Nossa Senhora de Fátima.
Ao lado desses atos, há muitas inaugurações de obras públicas, o festival de filmes Cine Açude Grande, homenageando Eliézer Rolim, feijoada com cachaça e cerveja, o baile, que já foi da Saudade e virou do Sete, a profusão de entrega de títulos e medalhas na Câmara Municipal, a abertura de concursos literários para incentivar alunos e professores da rede municipal. E também reformas para utilizar melhor casarões antigos com fins culturais e artísticos.
Destes quero falar um pouco.
O Casarão dos Sobreira, pertencente ao município desde a gestão Léo Abreu, que já abrigou a Secretaria de Cultura e Esportes e o Museu do Futebol, deve ser adaptado para acolher o acervo, doado pela família, de livros e objetos pessoais que pertenceram a Ivan Bichara Sobreira. Daí a ideia do Memorial com seu nome. Justo e merecido. Além disso, poderá abrigar, de novo, as peças da memória de nosso futebol, guardadas e conservadas com cuidado, amor e agonia pela tenacidade do apaixonado Reudesman Lopes.
O outro casarão, o da família Rolim Peba, antigo Hotel Oriente, maior e imponente, não possui o significado histórico do outro, eternizado no romance Carcará, de Ivan Bichara, por ter sido palco de violento episódio da história do cangaço. Na esquina do calçadão da Tenente Sabino, a Academia Cajazeirense da Artes e Letras terá seu endereço, numa decisão do prefeito José Aldemir.
P S – Lá no céu, padre Rolim, apontando o bispo de Cajazeiras, cochichou no ouvido do padre Ibiapina: foi aquele baixinho que sugeriu a Zé Aldemir ir rezar a missa junto de meus ossos. Disse e riu!
Presidente da Academia Cajazeirense da Artes e Letras
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