Cajazeiras é um Polo Educacional?
Por José Antonio – Quais os argumentos que teríamos para afirmar que Cajazeiras é um Polo Educacional e ainda justificar esta aureola que foi criada em torno da famosa frase de Alcides Carneiro, cantada por todos, que “Cajazeiras é a cidade que ensinou a Paraíba a ler”?
No passado, o inspirador desta obra educacional, foi o Padre Rolim, que com sua escola, através de seus alunos, que se tornaram figuras internacionais, iniciaríamos a construção deste cenário.
Com a presença de famosas instituições educacionais, a exemplo dos padres salesianos e das Irmãs Dorotéias, a cidade deu prosseguimento à obra do padre Rolim, quando em seus colégios recebiam alunos de várias cidades do Nordeste e se tornava pioneira na formação de professores para o ensino fundamental.
Mas a cidade tomou um impulso magistral, a partir do ano de 1970, quando o “Profeta” (era assim que Dom Hélder Câmera o chamava) Dom Zacarias Rolim de Moura, criou e instalou a Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Cajazeiras e a entregou para dirigir um homem santo e também muito corajoso, Monsenhor Luís Gualberto de Andrade, sacerdote que podemos colocá-lo na nossa história como “o novo Padre Rolim de Cajazeiras”.
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Somente quem acompanhou de perto o surgimento desta instituição de Ensino Superior pode constatar quão grandiosa foi a luta e maior ainda os esforços para a sua manutenção.
Mas em 1979, novamente Dom Zacarias e Padre Gualberto, comungando com o mesmo pensamento de que esta região ganharia muito mais se para aqui viesse um Campus da Universidade Federal da Paraíba, no dia 1º de agosto, todos os bens que pertenciam a FAFIC, no que se relacionava ao ensino, foi “encampado” pela UFPB, tendo a frente o Reitor de então Linaldo Cavalcanti de Albuquerque e os alunos a partir daquele histórico dia, deixavam de pagar suas mensalidades e passavam a ter ensino púbico e gratuito. Foi uma grande conquista.
Nas duas últimas décadas novas instituições de ensino superior, de ensino fundamental e médio foram criadas e daquela escola do Padre Rolim, de uma única sala e com poucos alunos, hoje é mais de uma centena e que abrigam mais de trinta mil alunos.
Mas o que impressiona são os números atuais: o município tem matriculado mais de trinta mil alunos e se consagra como uma cidade universitária ao ter em suas cinco instituições mais de oito mil alunos na graduação e quase dois mil nos cursos de pós-graduação (mestrado e especialização).
Qual a importância que têm estes números para o município? O que eles representam para a nossa economia? O que eles significam para implementar a melhoria de vida de nosso povo?
Estas questões só podem ser respondidas com precisão com a realização de uma pesquisa, junto à comunidade acadêmica, para podermos quantificar, por exemplo: quantos alunos são de outras cidades e que passaram a residir em Cajazeiras durante os períodos letivos; quantos passaram a residir definitivamente na cidade; quantos vêm apenas assistir as aulas e retornam para as suas cidades, qual o investimento mensal de cada um, além de outras dezenas de questões.
Com estas informações coletadas poderíamos avaliar o quanto pesa na nossa economia a presença de milhares de universitários que estudam nas instituições de ensino superior em Cajazeiras.
As palavras de José Américo traduzem muito bem a importância que teve o padre Rolim ao criar uma escola e em torno ser edificada uma cidade: “Padre Rolim não é um monumento, mas uma eternidade”. Eterna seja a nossa cidade!
Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Sistema Diário de Comunicação.
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