Cajazeiras e seus problemas
O saudoso professor Antonio José de Sousa, (nasceu em 01/10/1901 e faleceu em 17/07/1989), autor do livro “Cajazeiras nas Crônicas de um Mestre Escola”, editado no ano de 1981, foi dono de um jornal, na década de 40, “O Estado Novo” e nele publicava uma coluna com o titulo “Cajazeiras e seus problemas”. O que o professor Antonio de Sousa escreveu há 73 anos, sobre a cidade que ele tanta amava, não difere muito do que ocorre nos dias atuais. Os seus artigos estão mais do que atualizados.
Ao passarmos um olhar sobre a nossa cidade nos faz voltar ao passado, quando o Mestre Escola cobrava a conclusão de algumas obras públicas, a melhoria dos serviços que os entes públicos prestavam e a não realização das promessas de campanha, tanto a nível federal, estadual ou municipal. Debaixo do seu olhar não escapava ninguém e principalmente quando se tratava de seus opositores na política.
O nosso Mestre, se vivo fosse, possivelmente já teria escrito muitas crônicas sobre os nossos problemas, que nos dias atuais são muito maiores dos que os das décadas de 40/60.
O Mestre acostumado a ver os aviões da VARIG cruzar os céus de Cajazeiras, com certeza já teria reclamado mais de uma dezena de vezes a perda desta linha aérea e feito muitas reclamações pela morosidade da construção do aeroporto que vai substituir o velho e histórico campo de pouso Antonio Tomaz.
Com certeza ele estaria indignado, como toda a sociedade de Cajazeiras, com as promessas da construção do Instituto de Medicina Legal, que entre idas e vindas, completará cinco anos de promessa e não se tem conhecimento de quando será feita a licitação e muito menos sob que auspícios: se do Estado ou da Universidade Federal de Campina Grande.
O que ele não escreveria sobre o Hospital Regional que ele conheceu, sob a direção de Deodato Cartaxo de Sá e mais uma dezena de abnegados médicos e realizava um serviço de qualidade para toda esta nossa região e nos dias atuais, com dezenas de médicos e centenas de funcionários, deixou de ser uma referência regional?
O que ele não escreveria sobre a qualidade da educação pública, já que foi durante muitos anos Inspetor de Ensino e avaliava anualmente se os alunos na realidade estavam aptos a passarem de uma série para outra, com os conhecimentos que eram exigidos?
O velho Mestre Escola de tantas sábias aulas, hoje faz falta com suas crônicas em seu jornal e nos microfones das emissoras de rádio de nossa cidade, onde todos o admiravam e respeitavam. Homem humilde, simples e pobre, mas rico de sabedoria, conhecedor profundo da história de Cajazeiras e de grandiosos gestos de bondade.
Com sua ajuda, através de sua caneta altiva, esta cidade por mais de uma vez foi obrigada a encontrar soluções para os seus problemas.
Reencontro
Na festa de lançamento da 3ª Edição do livro de Tota Assis, no Tênis Clube, no último dia 21, tive o prazer de abraçar meu velho companheiro e colega Severino Cartaxo da Costa (Negão), filho de Tota Assis. Enquanto estudantes, em João Pessoa, moramos na mesma pensão e aproveitamos o encontro para relembrarmos fatos interessantes, vividos na pensão de Ribeiro e dos bancos do colégio. Severino, que hoje é médico, nasceu no mesmo ano, no mesmo mês e com um dia de diferença: ele é do dia 14 de junho e eu do dia treze.
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