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Alexandre Costa

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As medalhistas e o novo Auxílio Brasil

05/08/2021 às 21h06

O triunfo das mulheres brasileiras nas olimpíadas Tokio-2020, quebrando os recordes de medalhas em uma edição de jogos olímpicos, com oito pódios e três medalhas de ouro, representando quase a metade de todas as conquistas do Brasil na edição atual, coloca as nossas heroicas atletas no seleto grupo das melhores do mundo.

O arguto leitor naturalmente deve estar a se perguntar, qual a relação entre a brilhante campanha das atletas brasileiras e o novo Bolsa Família? Respondo: tudo. O retumbante desempenho das duas medalhistas ouro Rayssa Leal no skate street e Rebeca Andrade no individual geral da ginástica artística, oriundas de famílias humildes beneficiarias de programas sociais e do Bolsa Família lança luzes sobre o alcance e a eficácia desse tão questionado programa de transferência de renda brasileiro tanto no combate a fome como vetor de transformação social.

Por quatro anos treinando no Ginásio Bonifácio Cardoso em um projeto social da prefeitura de Guarulhos em São Paulo Rebeca atesta isso fazendo história nos Jogos Olímpicos de 2020 tornando-se a primeira mulher ginasta campeã olímpica do Brasil e primeira atleta brasileira com duas medalhas em uma mesma olimpíada.

Criado em 2004, na era Lula, com a unificação de todos os programas sociais, contribuindo significativamente para a redução da pobreza extrema no brasil com impactos positivos na mortalidade e desnutrição infantil, o Bolsa Família tornou-se o maior programa de distribuição de renda do mundo. Hoje, exaurido e defasado pela inflação e pela crise pandêmica o Governo Federal enviará nos próximos dias para o Congresso Nacional uma Medida Provisória reestruturando e rebatizando o Bolsa família: nasce o Auxílio Brasil.

Numa cajadada só, matando dois coelhos, o Governo Bolsonaro estrategicamente apaga a marca “Bolsa Família” símbolo maior do assistencialismo dos governos petistas e cria um programa “novo”, pegando carona no auxílio emergencial, que será extinto em outubro, e agora em nova roupagem e com um novo nome passa a ser definitivo com um turbinado benefício mensal na ordem R$300,00.

E no próximo domingo (8), como porta-bandeira do Brasil nas solenidades de encerramento das Olimpíadas de Tokio de 2020, Rebeca Andrade é a prova viva e irrefutável que programas sociais de apoio a jovens vindos dos grotões do Brasil sem qualquer perspectiva de vida decente, apesar deficientes, podem catapultar jovens para a glória e fama no maior evento esportivo do planeta. Devem ser preservados sim, aprimorados e ampliados, pois, ainda continua valendo a máxima: o talento é universal, as oportunidades não.

Alexandre José Cartaxo da Costa é engenheiro, empresário com MBA em Gestão Estratégica de Negócios, diretor da FECOMERCIO/PB, presidente da CDL/CZ e membro da ACAL- Academia Cajazeirense de Artes e letras.


Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Sistema Diário de Comunicação.

Alexandre Costa

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Alexandre José Cartaxo da Costa é engenheiro, empresário, especialista em Gestão Estratégica de Negócios pela Universidade Potiguar, diretor da Fecomercio PB, presidente da CDL de Cajazeiras e membro fundador efetivo da Academia Cajazeirense de Artes e Letras (Acal).

Contato: [email protected]

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Alexandre José Cartaxo da Costa é engenheiro, empresário, especialista em Gestão Estratégica de Negócios pela Universidade Potiguar, diretor da Fecomercio PB, presidente da CDL de Cajazeiras e membro fundador efetivo da Academia Cajazeirense de Artes e Letras (Acal).

Contato: [email protected]

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