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Francisco Inácio Pita

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As festas juninas e o antes e o depois das eleições

16/07/2022 às 09h04

Coluna de Francisco Inácio Pita.

Por Francisco Inácio Pita

Observou-se claramente que até o final do mês de junho tivemos a realização de muitas festas, principalmente nas cidades do nordeste, ponto chave das festividades culturais juninas. Muitos políticos apareceram no meio do povo, e segundo informações, alguns até fizeram campanha antes do tempo. Muitas secretarias de cultura, de educação e outras secretarias municipais se juntaram para promoverem as festas tradicionais, festividades estas, que estavam ausentes do meio do povão e principalmente dos mais jovens durante dois anos, dado a presença da covid 19 que ainda não foi embora, mas este ano as autoridades e povão não tiveram a preocupação de continuar na prevenção. Ao que parece, as vacinas que não impedem de contrair a doença, mas tem evitado muitos internamentos e mortes por esta maldita doença, os casos são muitos, principalmente depois das festas, mas graças ao nosso glorioso Deus, os óbitos são quase zero.

Com a finalização das festas juninas e início do mês de julho por se tratar de um ano eleitoral, os pretendentes aos cargos legislativos e executivos vão se preparar para campanha de forma oficial, quando registrar a sua candidatura começam na luta pela disputa do voto, muitos deles já estavam deixando a população preocupada e com saudade, por está completando quatro anos ausentes. Agora chega com uma conversa bonita, sem se esquecer de lembrar que determinado projeto em execução ou já concluído naquela localidade é de sua autoria, agora, os pequenos e grandes benefícios tem o seu dono ou mais de um proprietário, os políticos aparecem no intuito de lembrar que fez ou está fazendo alguma coisa pelo povo, como se criar, aprovar e destinar as verbas para determinada obra e outros benefícios não fosse parte do seu trabalho ou da sua obrigação.

A maioria do povo reclama das ausências dos gestores e legisladores em suas comunidades, mas não deixam de recebê-los com festas no momento em eles visitam as suas localidades no período eleitoral, sempre tem alguém que os recebe em sua casa com uma grande festa. A maioria dos gestores e legisladores alega a grande demanda de trabalho para justificar a sua ausência, mas todos entendem que o principal objetivo da maioria desses políticos naquele momento é pedir o voto e prometer mais uma vez.

Na oportunidade, os pretendentes aos novos cargos de gestores e legisladores devem chegar como sempre prometendo, o seu segundo passo, quando recebe as reclamações do povo, devem prometer como nunca e esquecer como sempre e diz: “se eu for eleito que depende exclusivamente de vocês, cumprirei à risca tudo que estou prometendo.” Se for como as campanhas anteriores, mais uma vez vai driblar o eleitor que vem sendo enganado a tempo. Vemos claramente que o povo de forma geral é mal assistido pela maioria das atuais gestões pelo Brasil afora. A maioria do povo tem memória curta e termina votando em corruptos em troca de ajuda paliativa que não leva a nada nem para ele e nem para a sua comunidade, seu bairro ou a sua cidade. Outros eleitores votam gratuitamente acreditando que dessa vez o seu futuro representante vai fazer da forma que prometeu, o que não acontece se formos tomar como base as promessas das eleições passadas. Não estou falando nada novo, infelizmente essas cenas acontecem em todas as campanhas eleitorais, parece até um jogo onde uma ganha e o outro perde, mas para concluir a minha linha de raciocínio, tenho certeza, que quem ganha são os políticos e o povão como sempre fica com a menor fatia dos recursos que vem do nosso próprio bolso, através da grande carga tributária que pagamos a cada ano. Isso é coisa do Brasil de Cabral e ponto final.

O tempo que passa até as eleições para a maioria é somente glória, o povo reclama nas emissoras de rádio, nos sites de notícias, mas com a presença dos políticos o ritmo é bem diferente, os concorrentes e assessores estão vacinados contra os aborrecimentos apresentados pelo povo, principalmente da parte daqueles mais bem informados, mas os competidores no intuito de receber o voto desculpa tudo, acalma os mais revoltados com alguma ajuda, afaga uma parte dos estressados com algo que eu sei mais não digo, e a final, tudo se resolve naquele momento e marca para depois quando assumir o novo mandato. “Vou trabalhar com afinco e não deixarei faltar nada nessa comunidade.” Os projetos que a maioria apresenta são infalíveis e se fossem executados como prometido na campanha, deixaria aquela comunidade em nível de primeiro mundo, o difícil é se lembrar do povo depois que assume o poder. O pior é que muitos eleitores, recebem ajuda paliativa por baixo dos panos, segundo se comenta, e termina votando em corruptos que já teve contas rejeitadas pelo tribunal de contas dos estados, prometeu na eleição passada e não cumpriu e volta de cara lisa dizendo que agora vai ser diferente. Observamos que a maioria dos políticos leva a melhor porque o povo não sabe votar, tem a memória curta e termina escolhendo mal novamente os seus representantes.

O que tem a oferecer a maioria dos concorrentes aos cargos legislativos e executivos? Muito pouco durante os próximos quatros anos em relação ao que recebe de vencimentos mensais, ajudas de custo, auxílios diversos e assim vai. O povo paga a conta sem dever, mas não resolve se organizar para ter pelo menos o básico da sua sobrevivência. Faltam boas escolas, boa assistência na saúde, apoio ao agronegócio, ajudas à agricultura e muitos outros pontos de cooperação para a população, os temas que foram debatidos e prometidos durante a campanha eleitoral ficam esquecidos, o povo precisa se organizar em associações comunitárias ou outros meios associativos e aprender a cobrar as promessas de campanha durante as gestões.

No Brasil, observa-se de forma inédita a convivência entre o povo e os coordenadores do dinheiro público, a maioria dos gestores e legisladores brincam com o nosso dinheiro, gasta de forma desordenada, prova as despesas com documentos e fica por isso mesmo. Tudo porque a própria população e eu não quero generalizar, porque ainda existe uma pequena parte do povão que pesquisa e descobre erros absurdos dos nossos gestores e legisladores, mas termina não exigindo explicações durante o mandato, muitos eleitores não se preocupam em pesquisar e ver atentamente como está sendo aplicado dinheiro público, que também é nosso. Muitos administradores bagunçam durante toda a sua gestão e fica por isso mesmo. Somente Deus na sua infinita bondade poderá mudar a mente de muitos gestores e iluminá-los para gerenciar com responsabilidade, lembrando-se dos seus, mas sem deixar lembrar e fazer o máximo para o povo. Jesus seja louvado para sempre amém.


Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Sistema Diário de Comunicação.

Francisco Inácio Pita

Francisco Inácio Pita

Francisco Inácio de Lima Pita — Radialista e Professor Licenciado em Ciências e Biologia pela UFPB e UFCG respectivamente. Atualmente é professor aposentado por tempo de serviço em sala de aula, escritor dos livros CONCEITOS E SUGESTÕES PARA VIVER BEM O MATRIMÔNIO, AS DROGAS E A RETA FINAL DA VIDA, VARIAÇÕES POÉTICAS, ARQUIVO DA CULTURA NORDESTINA, 102 SONETOS  e tem outros livros em andamentos, mora atualmente na cidade de São José de Piranhas – PB. Atualmente participa do Programa Radar Cidade com o quadro PAPO RETO pela TV Diário do Sertão ao lado de Dida Gonçalves, é coordenador geral da Rádio Web Vale do Piranhas em São José de Piranhas.

Contato: [email protected]

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Francisco Inácio de Lima Pita — Radialista e Professor Licenciado em Ciências e Biologia pela UFPB e UFCG respectivamente. Atualmente é professor aposentado por tempo de serviço em sala de aula, escritor dos livros CONCEITOS E SUGESTÕES PARA VIVER BEM O MATRIMÔNIO, AS DROGAS E A RETA FINAL DA VIDA, VARIAÇÕES POÉTICAS, ARQUIVO DA CULTURA NORDESTINA, 102 SONETOS  e tem outros livros em andamentos, mora atualmente na cidade de São José de Piranhas – PB. Atualmente participa do Programa Radar Cidade com o quadro PAPO RETO pela TV Diário do Sertão ao lado de Dida Gonçalves, é coordenador geral da Rádio Web Vale do Piranhas em São José de Piranhas.

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