As dificuldades financeiras da prefeitura de Cajazeiras tem solução?
Com sua grande e profunda sabedoria meu pai sempre nos dava lições de vida e costumava dizer que devíamos nos “arremediar”, diante das dificuldades financeiras, com o que possuíamos.
A prefeita de Cajazeiras esteve neste primeiro ano de sua administração sendo apenas quase que uma gerente da execução da folha de pagamento e em alguns meses teve dificuldades de fechá-las, tal a precariedade dos recursos aportados nos cofres da prefeitura e dos inúmeros encargos, que obrigatoriamente tem cumprir, inclusive alguns deles, determinados pela justiça.
Diante deste quadro, pouco, mas muito pouco mesmo têm sido as sobras de recursos para que ela pudesse executar algumas obras e serviços com recursos próprios e se não fora os convênios com o governo federal e o estado a cidade não teria ganhado algumas obras.
Um dos grandiosos calos da gestão de Denise e o foi também dos gestores passados, é a astronômica dívida com o IPAM, que mesmo depois da permissão do governo federal em autorizar um amplo e generoso parcelamento, ficou muito oneroso para os cofres municipais ter que desembolsar todos os meses mais de CR$150.000,00 mil reais para pagamento só da dívida, além de outra parcela referente ao mês em curso relativa ao desconto dos funcionários e da parte patronal, que deve atingir o mesmo valor.
Esta luta permanente da prefeita em querer honrar este compromisso financeiro com o IPAM, tem também um grande objetivo que é o de evitar que o nome da prefeitura não entre na relação dos municípios inadimplentes (CAUC e CADIN) e fique bloqueada de celebrar convênios com a União, o que aumentaria ainda mais as dificuldades do município para construir obras tão necessárias para o seu desenvolvimento, fato que ocorreu nestes últimos quatro anos, quando ficamos impedidos de receber dinheiro “novo”, principalmente para obras estruturantes.
Por que não sobra dinheiro? Estive conversando com algumas pessoas responsáveis por este setor e todas foram unanimes: basta entrar no Sagres que é muito fácil de entender e fiz esta pesquisa e observei o volume de recursos que são destinados para: precatórios, débitos antigos com a fornecedora de energia, CAGEPA, obrigações sociais e a folha de pagamento.
Mas como vislumbrar uma saída para esta crise financeira? Ora é só seguir a orientação do meu saudoso pai: “tá faltando dinheiro no caixa, venda o que tem” e ele mesmo por mais de uma vez procedeu desta forma.
Quantos imóveis possui a prefeitura municipal de Cajazeiras e alguns deles perfeitamente descartáveis e que têm um grande valor comercial, cuja venda daria uma grande folga no caixa?
Ora, claro, toda esta discussão teria que passar pela Câmara Municipal e o resultado do “apurado” teria um fim especifico, que seria, por exemplo, para pagar as parcelas do débito com o IPAM, que acredito ser o maior e mais grave problema financeiro do município de Cajazeiras.
Não vislumbro outra alternativa para que a prefeita Denise, agora “aliviada” da obrigatoriedade de honrar a folha de pessoal do Hospital Universitário, possa adicionar mais estes cento e cinquenta mil reais que seriam pagos com a venda de alguns imóveis, aí sim, com esta folga colocaria em dia as obrigações sociais, os convênios e outros serviços e retiraria de vez o município da inadimplência e correria para Brasília atrás de recursos federais para dar inicio a um novo processo de crescimento e desenvolvimento do nosso município.
Centenário da Diocese
Esta semana e durante mais um ano, estaremos dedicando um espaço todo especial, no GAZETA, às comemorações do Centenário da Diocese de Cajazeiras, que será iniciado neste sábado, dia 08 de fevereiro. Iniciamos hoje com um artigo de Dom José, nosso Bispo, que estará presente também nas três próximas edições, que trata da fundação da Diocese. As pessoas interessadas em escrever sobre a História da Diocese podem se manifestar que terão os seus escritos publicados nas páginas do GAZETA
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