Ao ex-presidente do Clube 1º de Maio
Existem fatos que ocorrem inevitavelmente na vida de qualquer ser humano que o faz parar, voltar, reviver, para poder compreender melhor o presente e continuar mais forte a luta, que é a vida terrena.
O ato de morrer implica uma reflexão mais profunda, não apenas ao fato de deixar de existir. Morrem-se quando perde a capacidade de decisão, de autonomia, de independência, de ?respirar?, sufocando-se perde o encanto, o brilho. Não há nada mais brilhante que um ser livre em toda sua potencialidade. Não devemos tirar o direito de alguém sobre suas escolhas, seja de vida ou de morte.
Que beleza ver os pássaros voando, se indo, para sua verdadeira liberdade, para sua real independência e infinita felicidade, enfim ao descanso, mesmo querendo-os mais perto, em suas mãos. Aquele que amofina seu corpo, seu espírito cresce, eleva-se diante do sofrimento; Ele se concretiza filho tão belo e precioso para Deus, totalmente entregue em Suas mãos.
Ama-se o ser em sua liberdade plena, ama-se porque escolhe amar, não por carência, mas por excesso, por transbordar-se ao outro. Ama-se por Amor, e não existe Amor sem a beleza da liberdade de ser o que é dentro de suas circunstâncias e limitações.
E é assim, aceitando as etapas naturais do Ser Humano, que hoje me permito contemplar o deslizar de uma mão e um olhar a se distanciar chorando (como no dia em que me entregaste no altar) levando consigo toda uma história de luta: desde quando começou com seu mercadinho, para posto de gasolina, até Presidente do Clube 1º de Maio, a quem muitos devem ter boas recordações.
Esta é a homenagem que presto a você meu pai (vivo), sim, pois quero que vejas o homem que és: exemplo de grande coragem e ousadia, a quem os erros se rebaixam diante de tamanha bravura, afinal, quem é perfeito a não ser o próprio Deus?
Amamos seu exemplo de vida, Antonio Conrado Bezerra. Meus irmãos e eu queremos agradecer pela oportunidade de estudo que nos destes, mesmo a vida te abdicando deste direito; pela presença (mesmo ausente) nos maiores acontecimentos de nossas vidas; na medida do possível fostes o Pai ideal. Fica em paz Painho.
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