Ameaças
Por José Ronildo
O presidente Bolsonaro voltou a defender o voto impresso, e mais uma vez, em tom de ameaça afirmou que não entregará a faixa presidencial a um sucessor, em caso de suspeita de fraude. Eu aceito qualquer um que se eleja ano que vem, entrego a faixa presidencial numa boa, mas em eleições limpas.
O chefe da Nação disse: “Se não tivermos o voto impresso vamos ter problema”, certamente se referindo a possibilidade dos seus seguidores tomarem às ruas criando um clima de instabilidade política e social.
O presidente chegou a afirmar, sem provas, que houve fraude na Eleição de Aécio Neves, que teria sido o eleito presidente, contra Dilma, e na dele, que teria sido eleito no primeiro turno. O Supremo resolveu pedir que apresentasse provas. Ele disse que não era obrigado.
O presidente do TSE, Luís Roberto Barroso vem reafirmando que as urnas eletrônicas são seguras, que não houve numa comprovação de fraude nas eleições realizadas até o momento e que o voto impresso seria um retrocesso e um gasto desnecessário.
O presidente da República chegou a insinuar que o Supremo quer ver Lula eleito presidente. “Anularam os processos dele; depois o tornaram elegível”. O fato é que Bolsonaro vem fazendo outras ameaças, como por exemplo, quando diz que só “Deus o tira do Poder” e que nenhuma CPI formada por bandidos vai lhe tomar o mandato, se referindo a CPI do Senado que investiga possível omissão dele e do Ministério da Saúde na aquisição de vacinas. O fato é que para alguns analistas, Bolsonaro se perder a eleição, não vai entregar o poder tão fácil, e falam até na possibilidade de golpe.
A CPI também passou a investigar denúncias de possíveis atos de corrupção por parte de integrantes do governo na compra de vacinas. Bolsonaro se vangloriava que não existia corrupção no seu governo e ainda surgiram denúncias de que praticava rachadinhas quando era deputado. O fato é que o presidente está acuado.
De forma que, todas essas denúncias, além do pouco caso que faz em relação à pandemia, que já tirou a vida de mais de 520 mil brasileiros, estão refletindo na queda de apoio popular e nas intenções de voto, perdendo feio para o ex-presidente Lula, a quem acusa de ter feito um governo com muita corrupção. Bolsonaro também está numa briga interminável com a Globo e Folha de São Paulo, insatisfeitos com reportagens que não foram do seu agrado.
O aumento do curso de vida; do gás de cozinha, gasolina e diesel também deve estar tirando o sono do presidente. Até mesmo as inaugurações de obras terminam repercutindo negativamente, em função da aglomeração que faz.
O fato é que com certeza, o presidente não vai entregar o jogo fácil e para tentar reverter essa situação, já anunciou o aumento no Bolsa Família, após o Auxílio Emergencial. Além da questão da corrupção no governo petista e de investimentos em países comunistas e socialistas, como Cuba e Venezuela, que teriam dado calote, o presidente certamente vai repetir o discurso de que a esquerda é uma ameaça para às famílias brasileiras.
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