Academia Cajazeirense terá novos imortais

Membros da Academia Cajazeirense de Artes e Letras

Por Francisco Frassales Cartaxo – A Academia Cajazeirense de Artes e Letras, instalada em 24 de maio de 2019, abriu prazo de inscrição para preencher quatro vagas em seu quadro de acadêmicos. A pandemia da covid-19, somada a obstáculos normativos internos, levaram a direção da ACAL a completar, este ano, a ocupação das 40 Cadeiras. Duas delas estão vazias desde a criação, duas outras ficaram vagas em virtude do lamentável e precoce falecimento dos confrades Rafael Holanda e Eliézer Rolim. O Edital, publicado na edição de hoje do Gazeta do Alto Piranhas, fornece orientação a quem pretender disputar uma das vagas existentes.

A Academia vive a primeira experiência de preencher lugares de sócios efetivos, por meio de eleição ampla e aberta. Os fundadores, em número de 38, foram escolhidos em Assembleia Geral pública realizada no Centro Cultural Zé do Norte, em 2019, seguindo critérios improvisados porque a ACAL ainda não dispunha de Estatuto e Regimento Interno, portanto, instrumentos legais adequados para a seleção. Estávamos tateando, sem muita clareza, inclusive, dos objetivos e da missão de nossa Academia. Nada, porém, fora de procedimentos históricos. A Academia Paraibana de Letras, por exemplo, foi fundada em 1941, quando o escritor Coriolano de Medeiros, sentado num bureau, cercado de meia dúzia de intelectuais, tomou a iniciativa de criar aquela instituição.

Nosso Edital, datado de 30 de março, indica as condições gerais para inscrição de postulantes, seguindo as normas definidas no Estatuto e no RI, aprovados em Assembleia Geral da ACAL, realizada no dia 24 de fevereiro de 2022. Estes documentos serão entregues a quem cogitar ingressar numa das Cadeiras vagas na mais importante instituição cultural de Cajazeiras.

Aqueles documentos disciplinam o processo eleitoral, as etapas subsequentes até a posse solene dos futuros concorrentes que lograrem aprovação pela Assembleia Geral da ACAL, condição essencial para o candidato tornar-se membro efetivo da Academia. Nossa orientação é tratar com seriedade tão relevante passo, tanto que fixamos até 30 de junho o prazo para término da inscrição, a fim de possibilitar aos pleiteantes a uma das Cadeiras de nº 30 e nº 34 tempo suficiente para realizar pesquisas, visando elaborar perfil biográfico, respectivamente, dos patronos Maria Lacy Nogueira Alves e Mozart de Sousa Assis. A Academia cumpre, assim, mais uma etapa em sua curta trajetória, aliás, muito prejudicada pela terrível pandemia.

Presidente da Academia Cajazeirense de Artes e Letras

Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Sistema Diário de Comunicação.

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Francisco Cartaxo

Francisco Sales Cartaxo Rolim (Frassales). Cajazeirense. Cronista. Escritor.
Trabalhou na Sudene e no BNB. Foi secretário do Planejamento da Paraíba,
secretário-adjunto da Fazenda de Pernambuco. Primeiro presidente da
Academia Cajazeirense de Artes e Letras. Membro efetivo do Instituto
Histórico e Geográfico Paraibano. Autor dos livros: Política nos Currais; Do
bico de pena à urna eletrônica; Guerra ao fanatismo: a diocese de Cajazeiras
no cerco ao padre Cícero; Morticínio eleitoral em Cajazeiras e outros
escritos.

Contato: [email protected]