A voz é do povo, mas os ouvidos, os olhos e as decisões são do gestor
A decisão da Prefeita de Cajazeiras, Denise Oliveira, de se encontrar com o povo e dele ouvir as suas necessidades, poderá no futuro, render bons frutos. Para o ano de 2014 o orçamento do município deverá ser preparado com base nas prioridades apresentadas pelos diversos segmentos da sociedade durante as plenárias do chamado “Orçamento Socialista”.
A partir do que se ouviu e foi proposto, não será uma tarefa tão fácil de selecionar, dentre as inúmeras prioridades e demandas, o que seria mais importante, principalmente porque o município de Cajazeiras não anda nadando em dinheiro e por cima não está tendo ainda como receber verbas federais, porque tem seu nome “negativado” junto ao governo federal.
E por falar em falta de dinheiro é preciso que a nossa prefeita fique de olho aberto para algumas contas que chegam ao seu birô das prestadoras de serviços, a exemplo da Cagepa, Energisa e Operadoras de telefonia e reservar um pouco do seu tempo para fazer igual ao que um dos prefeitos de nossa região fez recentemente, que ao passar os olhos em algumas contas a pagar se deparou com uma que lhe chamou a atenção, no valor de quase cinco mil reais, relativa a água consumida em uma das praças de sua cidade, depois resolveu olhar as faturas de energia dos logradouros públicos e também constatou alguns valores fora do normal.
Sabemos que são frequentes as reclamações dos usuários com relação as suas contas de luz, água e telefone porque constantes são os erros e estes são sempre contra os consumidores, agora imagine quantas poderão ser as contas de água e luz de uma prefeitura do porte da de Cajazeiras, estar erradas e se não houver uma pessoa que tenha o controle e faça as conferências, a exemplo do consumidor comum, o quanto não poderá sair “pelo ralo o nosso já pobre e pequeno orçamento”.
Já dizia, em suas sábias lições, o nosso querido Monsenhor Vicente Freitas, que uma empresa que “possui uma torneira gotejando”, quando chegasse ao final do mês, o prejuízo não era pequeno. Essa “torneira gotejando” a que ele se referia eram os pequenos e quase imperceptíveis alcances financeiros, que sem dúvidas levam a falência qualquer empresa.
Este é apenas um pequeno exemplo no imenso e complicado mundo das finanças de uma prefeitura, que se um gestor não tiver leais, competentes e honestos servidores, quem mais fica penalizado no final de uma administração é o povo, o mesmo que mostrou suas necessidades durante as plenárias do Orçamento Socialista e que se os recursos não forem bem administrados não serão suficientes para atender os seus pleitos.
Os portais da transparência, que agora são obrigatórios, estão aí para que o povo ajude os gestores públicos na fiscalização dos impostos que todo cidadão paga e quer que eles sejam bem aplicados.
De forma democrática a voz do povo ecoou durante as plenárias e só não se manifestou quem não pode delas participar e a partir de agora todos nós esperamos que os anseios do povo, dentro das possibilidades financeiras do município, sejam atendidos.
Este espaço democrático deverá ser preservado e que não seja apenas uma vez a cada ano, mas de forma continua e permanente a voz do povo deva ser ouvida. Vamos aguardar os resultados.
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