A violência e falta de conscientização na escola
A violência nas escolas públicas estaduais e municipais especificamente na Paraíba vem preocupando a todos, isso não me deixa nem um pouco alegre; ao contrário, na condição de professor sempre lutei pela paz e uma escola pública melhor para todos, pelo menos no sentido de conscientizar o aluno em prol da dignidade humana, sempre que possível na sala de aula, procuro conscientizá-los mostrando o verdadeiro objetivo a ser exercido pelo aluno e o seu verdadeiro papel na futura sociedade.
Vejo com muita tristeza, a divulgação de fatos violentos nas escolas. O resultado de violência nas escolas me deixa bastante preocupado e apreensivo, e apesar de acreditar que tudo pode mudar, mas desconfio que o futuro nas escolas poderá ser muito mais trágico do que no momento atual, se as autoridades competentes não se ligarem no assunto a partir de agora, e não deixar para falar e apenas falarem durante as campanhas políticas.
Projetos são sempre apresentados durante as campanhas, mas com o fino propósito de enganar o povo, os eleitos dificilmente realizam o prometido.
De qualquer forma, não sou do time do "quanto pior, melhor"; ao contrário, quero ver uma educação de qualidade, a partir de dados reais e concretos, todos os esforços sejam feitos para reverter, rápido e definitivamente, esse quadro terrível em que se encontram alunos, funcionários, professores e diretores da rede educacional na Paraíba.
Observando dados de pesquisas do ano de 2007, pode ver resultados assustadores, e tenho certeza que tudo isso já aumentou no dias atuais. Na pesquisa sobre violência a bens materiais, depredações ao prédio da escola, pichação, donos a veículos, arrombamentos de portões e furtos aos bens escolares, como TV, aparelho de DVD, computadores e etc, apresentavam em 2007 índice assustadores, imagino que hoje esse resultado está bastante alto. Desacato a professores, funcionários e a direção em algumas escolas também é muito alto. Quero saber onde vamos parar, por que as leis não ajudam a manter disciplina na sala de aula nem no recinto da escola.
Outro ponto a se discutir na Paraíba, a direção faz as reivindicações às gerencias regiões de ensino, que por sua vez, leva os problemas da escola para ser resolvidos, esta gerencia por sua vez, os encaminham para a Secretaria de Educação do Estado. Em alguns casos a política partidária rola no centro e estes problemas muitas vezes vão sendo deixando de lado, prejudicando como isso o bom funcionamento de uma Escola.
Vamos enumerar logo a seguir alguns pontos que faltam em diversos, setores ligados às escolas e a sua formação.
As deficiências da escola com relação à família.
Desagregação familiar: separações, mortes, consumo de drogas, falta ou inversão de valores morais e éticos, desprestígio da educação, carência afetiva dos filhos com os pais e a escola.
Pais omissos: ausentes dos problemas escolares, coniventes com os erros dos filhos, não incentivando os estudos, não impondo limites aos filhos, jogando para a escola responsabilidade da família.
Carências múltiplas: desemprego, miséria, exclusão social, falta de tempo para os filhos.
Falta de religiosidade
Falta de apoio psicológico e assistência social que deveria ser dada gratuitamente ao conjunto da escola e aos pais pelos governos
As deficiências da escola com relação aos alunos:
Falta de perspectivas, descrença nas instituições, desinteresse pela escola, falta de identificação com os professores e com a escola.
Interpretação errônea do ECA (direitos supervalorizados sem a contrapartida dos deveres), não-obediência às regras e normas de convivência, sentimento de impunidade, leis excessivamente permissivas, falta de padrões comportamentais positivos no grupo.
Dificuldades de aprendizagem, fracasso escolar, influência negativa da mídia e banalização da violência, consumo de drogas.
Ociosidade das crianças e dos adolescentes associada à falta de projetos multidisciplinares, extracurriculares (prática de esportes, prática musical, exercício da solidariedade, trabalhos comunitários, etc…)
As deficiências da escola com relação aos professores e à própria escola:
Falta de professores, desestímulo, descompromisso, baixos salários, jornada excessiva de trabalho, formação deficiente, falta de habilitação, metodologia inadequada, rotatividade excessiva, falta de treinamento e capacitação. Quando capacitação e formação é na maioria
das vezes mal direcionado e com metodologia inadequada.
Falta de espaços físicos adequados para as atividades do cotidiano. As deficiências da escola com relação ao sistema:
Problemas com o sistema escolar: mudanças bruscas sem o prévio preparo, currículo defasado, inadequado e restritivo, módulo incompleto, descaracterização da progressão continuada em promoção automática, centralização excessiva das decisões (nos órgãos
superiores).
Conselho Tutelar pouco atuante ou muitas vezes agindo contra os interesses da escola.
Conclusão: é muito alto o índice de violência nas escolas nos dias atuais, o que demanda e nos convida a uma urgente providência, envolvimento de políticas públicas de enfrentamento da questão levada com seriedade e leis que faça ser comprida por parte de todos as normas da escola. São necessárias ações efetivas, que envolvam, obrigatoriamente, a escola, as famílias e os órgãos públicos a cumprirem os seus papeis.
Observações: algumas informações citadas neste artigo foram retiras dos sites:
http://www.udemo.org.br/Violencia%20nas%20Escolas%202008.htm
http://www.aomestre.com.br/org/ud/ud4.htm#tipos
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