A vida e a copa
Sem sombra de dúvidas, uma Copa do Mundo é um espetáculo à parte. Por um instante, até parece que os homens são verdadeiramente irmãos e que as divergências se limitam à disputa em proclamar a melhor seleção do mundo.
A abertura do campeonato é de uma beleza sem igual (semelhança apenas com as Olimpíadas). As culturas mostram a sua face, e torna-se bem difícil avaliar qual delas é a mais rica.
São os africanos com sua aura selvagem; são os europeus de porte nobre e altivo; são os asiáticos, místicos por natureza; são os “oceânicos”, reveladores de facetas humanas ainda não tão conhecidas; são os americanos, arrogantemente moderninhos.
Ah, se em tudo os homens se comportassem como em Copa do Mundo! Ah, se os problemas atômicos se resolvessem como num jogo de futebol!
Não sou tão tolo. Por traz de toda aquela parafernália midiática existem inúmeros interesses pessoais e milhões (quem sabe bilhões) de dólares em jogo. Muita gente sai ganhando com nossa euforia e com nossa alegria das horas do jogo. Contudo, convenhamos! O mundo insiste em querer respirar um pouco; e a “válvula de escape” é a “jabulani”.
Presidentes, reis e rainhas se voltam para as suas equipes e sua performance dentro das quatro linhas. Desde o anfitrião sul-africano, até o ditador norte-coreano.
Qual o significado de vinte e dois homens correndo noventa minutos atrás de uma bola? Nenhum. Objetivamente, nenhum. Ainda mais, se considerarmos o pífio objetivo da correria: fazer com que a bola ultrapassa a linha do gol do time adversário, depois de obedecidas algumas regras. Nada mais ridículo. Há jogos mais inteligentes.
Porém, o futebol exerce um fascínio em todos. Impressionante como chutar a “redondinha” dá prazer. Surpreendente como correr atrás da bola torna os homens mais homens.
Mas, cuidado… a vida não pára.
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