A pobreza e os serviços essenciais
Por José Antonio – A Região Nordeste, uma das mais pobres deste imenso e rico Brasil, é vista aos olhos do mundo e do nosso próprio país como uma área problemática e com poucas alternativas de atingir um índice de desenvolvimento social que possa contribuir para uma criatura de viver, mesmo como pobre, condignamente e tendo acesso aos serviços essenciais.
Os governantes têm falado muito sobre distribuição de renda e emprego, mas o combate à pobreza não se dá apenas por esta via. De que adianta um cidadão ter um emprego e morar numa área urbana onde não existe coleta sistemática de lixo, água encanada, fossas sépticas e ainda conviver com a família em ruas em que os esgotas correm pelo meio da rua?
É obvio que um emprego contribui para ampliar a cidadania. Mas é necessário que haja uma redução do nível de analfabetismo, do índice de mortalidade infantil e ainda que o acesso à saúde e a outros programas sociais se efetive no seio da comunidade.
Existem dúvidas se os políticos têm interesse em diminuir os níveis elevados de pobreza da grande maioria de nosso povo. É obvio que o êxodo do campo contribuiu para aumentar os problemas sociais das cidades e por conseqüência para o inchamento das populações urbanas e não dá para na mesma velocidade atendê-las com moradias dignas, saneamento, água encanada, coleta de lixo e principalmente trabalho.
E o que temos presenciado, mais recentemente, numa cidade como Cajazeiras é que a violência urbana tem aumentado e ainda o desemprego, as doenças, adolescentes se envolvendo com drogas e pequenos furtos.
Por outro lado, a imprensa falada tem divulgado com mais freqüência, que os ladrões profissionais têm utilizado adolescentes, menores de idade, como cobaias para assaltarem residências, lojas e estabelecimentos comerciais da cidade. A marginalidade tem aumentado em muito.
Não temos visto políticas públicas mais agressivas e muito menos uma combinação entre emprego, distribuição de renda e elevação dos índices sociais, para efetivamente se combater a pobreza.
Para os miseráveis nordestinos o governo federal tem dado esmolas, tipo bolsa família e que teve como conseqüência um efeito devastador na contabilidade dos totais de votos, a exemplo da última eleição, quando o atual presidente da república, o pai do Bolsa Família, teve uma maioria esmagadora sobre o seu concorrente.
A fome fala mais alto até na hora de votar. A miséria, a esmola e o voto se misturam na consciência do cidadão pobre e quase sem instrução e o mesmo não tem como discernir, como separar as coisas e acaba votando por “gratidão”. Só a educação nos libertará!
Até quando vamos ter este quadro de miséria na nossa região?
Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Sistema Diário de Comunicação.
Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Sistema Diário de Comunicação.
Leia mais notícias no www.diariodosertao.com.br/colunistas, siga nas redes sociais: Facebook, Twitter, Instagram e veja nossos vídeos no Play Diário. Envie informações à Redação pelo WhatsApp (83) 99157-2802.
Deixe seu comentário