A Paraíba faz o seu dever de casa
Por Alexandre Costa
Chamou atenção, logo no início do ano, os números de uma consultoria econômica projetando um crescimento econômico da Paraíba para 2022 na ordem de 4% do seu Produto Interno Bruto (PIB), uma expectativa surpreendente que nos coloca no topo, juntos com Sergipe, do ranking do crescimento dos estados brasileiros. Um marco histórico para economia paraibana considerando que essa mesma consultoria (MB Associados) aponta nesse estudo um PIB de menos de 1% para Minas Gerais além de reduzir para zero o crescimento econômico do Brasil.
Seria essa projeção da MB associados um erro de cálculo ou a Paraíba está fazendo o seu dever de casa? Afinal, um país de dimensões continentais com gritantes desníveis sócio econômicos, ter um minúsculo estado da região nordeste que ocupa a 19ª posição do seu PIB entre os 27 estados da federação figurando no topo das projeções de crescimento econômico é algo descomunal.
Descomunal mesmo, um país onde mais de 70% da nossa riqueza concentra-se em apenas duas das nossas cinco regiões, Sul e Sudeste. 65% de todo o nosso PIB está em apenas cinco estados da federação, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraná. São indicadores terríveis que transformaram o Brasil numas das nações mais desiguais do mundo.
Indagado sobre o que levou a paraíba a se descolar da praga da estagnação econômica que aflige o país por décadas e trilhar na rota do desenvolvimento esbanjando pujança, inovação e competitividade, o Secretário de Estado da Fazenda (Sefaz-PB), Marialvo Laureano, atribuiu esse sucesso a três eixos de sustentação que catapultaram o Estado para a supremacia do crescimento econômico nacional para 2022: Gestão Fiscal Equilibrada, Atração de Investimentos e Incentivos para a Indústria.
É obvio que os méritos dessa estabilidade fiscal e a perspectiva de crescimento econômico não podem ser creditados unicamente a apenas três anos de governo, são frutos de uma série de políticas fiscais e macro econômicas exitosas adotadas ao longo de gestões passadas que gradativamente contribuíram para saneamento as contas públicas da Paraíba, essa mesma Paraíba que em tristes tempos pretéritos o funcionário público do Estado tinha que pedir empréstimo bancário para receber seu decimo terceiro salário.
Parece que finalmente a Paraíba aprendeu a fazer o seu dever de casa.
Alexandre José Cartaxo da Costa é engenheiro, empresário, com MBA em Gestão Estratégica de Negócios, presidente da CDL/CZ, diretor da FECOMERCIO PB e Membro da ACAL-Academia Cajazeirense de Artes e Letras.
Letras.
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