A Justiça do Voto

Por Fernado Caldeira

Em política, justiça mesmo só acredito na do voto. Mesmo quando erra, porque como castigo todos, inclusive os que erraram, serão punidos com condenação mínima de 4 anos. Em outras palavras, se votarmos errado, contrariando nossa consciência e as evidências éticas e morais que afloram em toda campanha eleitoral, pagaremos irremediavelmente pelo nosso erro.
Desta forma, melhor é o eleitor tomar consciência da importância do ato de votar, e não fazer dele uma mercadoria ou presente.

Volto ao tema, em virtude de alguns órgãos estatais a exemplo do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Controladoria Geral da União (CGU) e Tribunal de Contas da União (TCU), para ficarmos apenas nesses, estarem cada vez mais abrindo oportunidades do eleitor conhecer quem são os candidatos que se dispõem a representá-lo nos mais diversos escalões da vida pública.
Ora, se dispomos hoje de mecanismos que nos mostram com certeza quem são e qual o comportamento ético e moral desses candidatos, temos um diapasão confiável para definirmos em quem votar.

Afinal de contas, não acredito que alguém vote desejando que seu escolhido para determinado cargo político roube, se locuplete, pratique nepotismo e outras pragas mais, enquanto milhões de irmãos seus se esforçam na labuta diária do trabalho para sustentar a família!

Não posso crer que o pai ou a mãe de família, que sabe das dificuldades para manter e educar os filhos, queiram um representante político corrupto. Porque corrupção, em outras palavras, é tirar o dinheiro do povo em benefício de meia-dúzia. Isso está certo? É o que queremos? Você gosta de ser roubado? É o que fazem os corruptos: roubam o dinheiro nosso que poderia ser destinado a melhoria nas escolas, melhoria na merenda das crianças, melhoria na segurança, melhoria na saúde pública, e vivem de comprar carrões do ano para os filhos deles, para eles e para suas mulheres. E você, e eu, e nós, feito bobos, usados como massa de manobra para fazermos o “V” da vitória nos comícios, nas passeatas, nas carreatas…

Isso pode e deve ter fim. Procure saber quem são os candidatos, seu passado, seu comportamento. Busque uma ficha corrida dele junto àqueles órgãos que citei acima. Assim você terá muito mais condições de votar e poder olhar para seus filhos sabendo que seu voto está contribuindo para um país melhor para eles próprios.
A justiça do voto só depende de nós!

S O L T A S
*É sina, destino, não sei. O que sei é que o governador José Maranhão (PMDB) já vai para seu décimo (10°) ano a frente dos destinos da Paraíba e, nesse período, nenhum aumento salarial foi dado aos servidores do Estado! Pode?

*O desprestígio do Partido dos Trabalhadores junto ao Palácio da Redenção é algo que dá pena. Um ou outro parlamentar petista ainda pode gozar de alguma proximidade com o poder, mas a sigla como um todo, como se tem visto, é hoje um estorvo a Maranhão!

*Deca! Deca do Atacadão! Isso mesmo, Deca! Pelo que soube José Gonzaga Sobrinho não está mais filiado ao PMDB, mas numa sigla menor, e é o nome dos sonhos de muito socialista de alto coturno junto a Ricardo Coutinho para ser o seu vice.

*Justiça seja feita: com muito mais dificuldades herdadas que outras administrações, o prefeito Léo Abreu (PSB) tem ultrapassado com sucesso essa verdadeira corrida de obstáculos que é administrar Cajazeiras.

*Ninguém diz publicamente, mas a boca miúda corre solto que o ex-prefeito Carlos Antônio (DEM) é doido para trair José Aldemir, do mesmo partido. “Só não o fez, ainda, porque está sem poder”, revelou-me uma fonte próxima aos dois políticos.

*Neste domingo (14) o Trem das Onze entrevista o deputado Jeová Campos (PT).

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Fernando Caldeira

Jornalista profissional em diversas emissoras de rádio e jornais da Paraíba, atualmente é articulista do Gazeta do Alto Piranhas (Cajazeiras), produtor e apresentador do programa Trem das Onze, apresentado aos domingos pela Rádio Alto Piranhas, colunista dos portais diariodosertão, politicapb, obeabadosertao, canalnoite, e mantém na internet o portal www.fernandocaldeira.com.br

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