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Francisco Cartaxo

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A festa da Academia Cajazeirense de Artes e Letras

02/06/2019 às 14h19

Coluna de Francisco Cartaxo

Fazia tempo que Cajazeiras não vivenciava festa literária como a de sexta-feira passada. De todos os ângulos de avaliação, a resposta é favorável, salvo um ou outro deslize, comum em eventos dessa natureza. A ACAL se instalou no dia 24 de maio sob o signo do sucesso. Ótimo. Nos dá mais ânimo, mais disposição para prosseguir a caminhada. A longa caminhada que temos pela frente, com o olhar em grandes objetivos, sem esquecer as origens de Cajazeiras. Origens que nos diferenciam da maioria dos municípios brasileiros. Não inventamos nossa singularidade, marcada pelo ensino, graças à visão, à coragem e tenacidade de padre Inácio Rolim. E dos educadores que ele preparou, no século XIX, em pleno sertão semiárido.

A grandeza da festa consolida o compromisso assumido pelos acadêmicos, nascidos ou não em Cajazeiras. O conjunto dos chamados “imortais” prima pela diversidade, presente também entre os Patronos. No discurso de posse enfatizei a pluralidade da ACAL. Plural no sentido da diversidade. Se não existissem as diferenças de pensar, de agir, do modo de ser de cada um, não teríamos representatividade social. É desse amálgama que vem parte de nossa força.

Não se espere da ACAL mais do que ela pode dar.

Entidade como a nossa, não deve nem pode envolver-se no cotidiano da cidade. Seus objetivos são outros. Voltam-se, com preponderância, para a preservação da memória de Cajazeiras. Isto ficará mais claro quando, em agosto deste ano, lançarmos um livro contendo os perfis biográficos dos 38 Patronos. Não que isso seja um fim em si mesmo. Pelo que pude acompanhar dos estudos de alguns confrades, a preparação da biografia será tão somente o começo de novas investigações e descobertas. Esse caminho nos levará a um conhecimento mais profundo de nossa história. E como precisamos conhecê-la melhor! Nossa determinação é nos aproximarmos da sociedade. De que forma? Indo aos centros de ensino, estabelecendo um intercâmbio proveitoso, a fim de compartilhar com professores e alunos, o fruto de nossas pesquisas históricas. Só assim, poderemos receber os eflúvios de renovação vindos das abnegadas professoras e dos estudantes.
Mas a ACAL não vive só de história.

Outra linha de atuação se centrará no estímulo às artes e às letras, usando instrumentos, como por exemplo, promover concursos de poesias, contos, peças teatrais, crônicas, realizar simpósios, criar prêmios e outras formas de expressão literárias e artísticas. E divulgar. A ACAL quer juntar-se a essa efervescência que Cajazeiras vive, como um ente cultural a mais a incentivar o desabrochar de novos valores e consolidar mais ainda nossa rica presença no largo campo da cultura. Não é intenção da ACAL abarcar tudo de uma vez. Nem inventar a roda. Vamos examinar experiências bem-sucedidas de entidades congêneres, com as quais devemos estabelecer intercâmbio cultural. O resultado disso irá compor a programação cultural, aliás, já em formulação por alguns acadêmicos familiarizados com essas iniciativas. Cito essa amostra do trabalho a ser desenvolvido para realçar que a ACAL não vive apenas de grandes eventos.

P S – Aproveito para reiterar os agradecimentos aos convidados presentes no Tênis Clube, no dia 24 de maio, à extraordinária colaboração do prefeito José Aldemir e sua equipe, à mídia cajazeirense, proprietários dos meios de comunicação social e virtuais, radialistas, enfim, a todos os que contribuíram para a grandeza da festa da ACAL.


Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Sistema Diário de Comunicação.

Francisco Cartaxo

Francisco Cartaxo

Francisco Sales Cartaxo Rolim (Frassales). Cajazeirense. Cronista. Escritor.
Trabalhou na Sudene e no BNB. Foi secretário do Planejamento da Paraíba,
secretário-adjunto da Fazenda de Pernambuco. Primeiro presidente da
Academia Cajazeirense de Artes e Letras. Membro efetivo do Instituto
Histórico e Geográfico Paraibano. Autor dos livros: Política nos Currais; Do
bico de pena à urna eletrônica; Guerra ao fanatismo: a diocese de Cajazeiras
no cerco ao padre Cícero; Morticínio eleitoral em Cajazeiras e outros
escritos.

Contato: [email protected]

Francisco Cartaxo

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Francisco Sales Cartaxo Rolim (Frassales). Cajazeirense. Cronista. Escritor.
Trabalhou na Sudene e no BNB. Foi secretário do Planejamento da Paraíba,
secretário-adjunto da Fazenda de Pernambuco. Primeiro presidente da
Academia Cajazeirense de Artes e Letras. Membro efetivo do Instituto
Histórico e Geográfico Paraibano. Autor dos livros: Política nos Currais; Do
bico de pena à urna eletrônica; Guerra ao fanatismo: a diocese de Cajazeiras
no cerco ao padre Cícero; Morticínio eleitoral em Cajazeiras e outros
escritos.

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