A falência da segurança pública no Brasil
Por Alexandre Costa – A onda de terror perpetrada por facções criminosas nas ruas de Natal e em mais de 22 cidades no interior do Rio Grande do Norte, na madrugada dessa terça-feira (13/03), desnudou a falência do sistema de segurança pública no Brasil. Os nossos irmãos potiguares viveram horas de terror, caos e desespero com depredações e ataques incendiários a ônibus, automóveis, lojas, bancos, postos de combustíveis, supermercados, instituições publicas e privadas que causaram fechamento de lojas e a suspensão dos serviços transporte publico e das aulas em toda rede escolar.
O Estado potiguar já tem um triste histórico de ser alvo de brutais ações comandadas pelo crime organizado e temíveis fações criminosas. Em 2017 o Estado foi manchete mundial com a rebelião da Penitenciaria Estadual de Alcaçuz em Nísia Floresta. Um dantesco motim entre membros de facções criminosas rivais que durante 15 dias produziu cenas de barbárie, selvageria e fugas que culminou com 27 assassinatos deixando aquela estrutura prisional semidestruída.
A criminalidade no Brasil não tem paralelo no mundo. Hoje se profissionalizou se tornando altamente organizada atendendo interesses de muita gente. Somente o PCC fatura R$ 1,5 bilhão por ano enviando cocaína para a Europa. No Brasil o crime compensa e muito, a certeza da impunidade favorece isso.
Vivemos um estado de barbárie, das 30 cidades mais perigosas do mundo 10 estão no Brasil. Anualmente temos mais de 60 mil homicídios e 47mil estupros, são em média três assaltos por minuto. Há quem diga que temos encarceramento em massa, mas com uns números desses prefiro dizer que temos mesmo é impunidade em massa. A ineficaz e leniente resposta do Estado ao crime produz um forte estímulo à atividade criminal. Desconheço em qualquer parte do mundo civilizado a decisão de uma Corte Suprema de proibir a polícia de prender criminosos como também seus ministros comemorarem índices de desencarceramentos. Coisas do Brasil!
Enquanto o crime organizado avança subjugando e acuando o Estado brasileiro o cidadão é submetido a fortes transtornos psicológicos que anulam sua percepção de indignação e revolta que o faz aceitar tudo isso como algo natural. É a degradação total do nosso sistema de segurança pública.
Alexandre José Cartaxo da Costa é engenheiro, empresário, especialista em Gestão Estratégica de Negócios pela Universidade Potiguar, diretor da Fecomércio PB, presidente da CDL de Cajazeiras e membro fundador efetivo da Academia Cajazeirense de Artes e Letras (Acal).
Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Sistema Diário de Comunicação.
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