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Francisco Inácio Pita

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A desastrosa situação da educação

03/06/2011 às 23h58

É triste ter que falar desta forma, mas infelizmente não posso falar diferente. A educação no Brasil está tão desastrosa que dá até medo falar. A culpa é de quem? Dos professores, dos alunos ou dos governantes? Se realizarmos uma pesquisa dentro da sociedade que desconhece a verdadeira realidade do ensino brasileiro, diria que a culpa é dos professores que não querem trabalhar, talvez essa fosse a principal resposta. Vale apenas ser professor dedicado na educação da Paraíba?

Sou professor, concursado e 25 anos de experiência na sala de aula, já passei por diversas mudanças. Do quadro de giz para o quadro branco com o pencil, algumas aulas com retroprojetor óptico, sonho se a escola deixar, usar o famoso datashow, apesar de um método tecnológico lançado a uma dezena de anos, já está ultrapassado dado à velocidade no sistema de informatização existente no universo. Mas precisamos muito mais avançar nas novas tecnologias que vem se modificando com alta velocidade a cada ano, nós professores precisamos melhorar e acompanhar a informatização na educação. O governo investe desordenadamente no setor, gasta demais com questões de preparação para o professor, mas de maneira que não leva a quase nada, dado a forma da aplicação didática e a metodologia já ultrapassada. Recentemente os investimentos aplicados na preparação de professores na Paraíba deixaram a desejar, visto que a metodologia aplicada pelos seus coordenadores e ministrantes estão atrasadas para o momento de mudanças e avanços tecnológicos da nossa educação, desde do espaço que os alunos vivem, do mundo informalizados ao seu alcance, todo um conjunto que leva ao professor se tornar atrasado se não se preocupar em acompanhar o mundo da informatização existente entre nós e os nossos alunos. Por mais que a nossa velocidade de mudança e acompanhamento nas novas tecnologias atinja um certo patamar, mas não atende, se descuidarmos, a velocidade necessária e exigida pelo aluno, além do futuro mercado de trabalho que o próprio aluno vai enfrentar. Será que o aluno atualmente descobriu esta visão de atraso na metodologia aplicada por muitos professores? Será que este é motivo da maioria dos alunos estarem pouco interessados em assistir as nossas aulas? Observamos que boa parte deles ficam conversando paralelamente durante a maioria das aulas. São indagações que precisam ser respondidas. E quem tem a resposta? O próprio governo que não investe corretamente.

A violência disciplinar aparece na sala de aula, rejeição aos nossos conteúdos, muitas vezes por que não estamos atingindo a velocidade tecnológica que o aluno precisa e deseja. A maioria das escolas dispõe de vários computadores conectados a Internet, mas dificulta o acesso dos alunos aos mesmos, tem escola que até dificulta acesso aos próprios professores, estas máquinas tecnológicas de grande poder revolucionário é para ser usada ou serve apenas para enfeitar a escola?

“Nestes tempos difíceis, somos desafiados a compreender por que se repetem episódios de agressão nas escolas e contra elas. Nós, educadores, devemos rejeitar diagnósticos simplistas e superar propostas de mera repressão, pois sabemos que a escola não é uma ilha apartada do contexto social e tudo o que nela ocorre tem também caráter educacional. Nesse sentido, podemos observar que seus problemas podem ser resolvidos em ambientes de diálogo, ora percebemos que impera o descontrole de conflitos. Distinguir essas duas situações pode evitar que um espaço de trabalho seja descontrolado e venha a se tornar agressivo e violento” (O parágrafo acima foi escrito por Luis Carlos de Menezes na Revista Nova Escola em março de 2009).

Uma escola gera a harmonia se decidir enfrentar seus dilemas e conflitos com um trabalho de conscientização. No mundo de hoje onde o uso de drogas fortíssimas impera nas escolas, há casos até mesmo em seu ambiente interno, se esse ambiente for bem trabalhado com palestras momentâneas, proferidas por autoridades como: Juizes, Promotores, Médicos conceituados e conhecidos na cidade, poderemos mudar um pouco o quadro de violência existente nas escolas.

A violência é gerada em parte por falta de conscientização dos alunos e a má qualidade de ensino prestado pela maioria dos nossos professores que muitas vezes trabalham em duas ou três escolas e não tem tempo de estar de bem com a vida para si mesmo, imagine transmitir paz e harmonia para os seus alunos. Este quadro desastroso tem como único responsável, os nossos governantes que não valorizam como devia os nossos mestres e construtores do progresso nacional. Bom seria se todos os políticos como: Presidente da República, Senadores, Deputados, Prefeitos e Vereadores fossem proibidos por lei de ter plano de saúde e matricular seus filhos em Universidades e Escolas Privadas. Se um dia isso acontecer, que eu duvido muito, a educação e a saúde no Brasil atingirão com certeza um das mais altos patamares do universo.

Toda e qualquer categoria de trabalho precisa de um professor, mas eles não são visto pelas autoridades dessa forma? Em quanto o professor não for visto pelos governantes e pela sociedade como um ser de alta necessidade para o desenvolvimento geral de uma nação, tudo vai ficar cada vez mais difício.

Uma brincadeira. Parece que atualmente vivemos um verdadeiro faz de contas: o governo faz que pega, o professor faz que ensino e o aluno faz de conta que aprende. Isso é uma verdadeira vergonha.

Outro fato interessante, no período de campanha política, todos concorrentes apresentam propostas lindíssimas para a educação, mas quando está no poder sempre esquece de tudo.


Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Sistema Diário de Comunicação.

Francisco Inácio Pita

Francisco Inácio Pita

Francisco Inácio de Lima Pita — Radialista e Professor Licenciado em Ciências e Biologia pela UFPB e UFCG respectivamente. Atualmente é professor aposentado por tempo de serviço em sala de aula, escritor dos livros CONCEITOS E SUGESTÕES PARA VIVER BEM O MATRIMÔNIO, AS DROGAS E A RETA FINAL DA VIDA, VARIAÇÕES POÉTICAS, ARQUIVO DA CULTURA NORDESTINA, 102 SONETOS  e tem outros livros em andamentos, mora atualmente na cidade de São José de Piranhas – PB. Atualmente participa do Programa Radar Cidade com o quadro PAPO RETO pela TV Diário do Sertão ao lado de Dida Gonçalves, é coordenador geral da Rádio Web Vale do Piranhas em São José de Piranhas.

Contato: [email protected]

Francisco Inácio Pita

Francisco Inácio Pita

Francisco Inácio de Lima Pita — Radialista e Professor Licenciado em Ciências e Biologia pela UFPB e UFCG respectivamente. Atualmente é professor aposentado por tempo de serviço em sala de aula, escritor dos livros CONCEITOS E SUGESTÕES PARA VIVER BEM O MATRIMÔNIO, AS DROGAS E A RETA FINAL DA VIDA, VARIAÇÕES POÉTICAS, ARQUIVO DA CULTURA NORDESTINA, 102 SONETOS  e tem outros livros em andamentos, mora atualmente na cidade de São José de Piranhas – PB. Atualmente participa do Programa Radar Cidade com o quadro PAPO RETO pela TV Diário do Sertão ao lado de Dida Gonçalves, é coordenador geral da Rádio Web Vale do Piranhas em São José de Piranhas.

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