“A Capitania do Pinhancó – Capelas, patrimônios e doadores”

Por José Antonio
Livro de Hélio Ramos revela e resgata importantes fatos da História de Cajazeiras.
Foi lançado recentemente o livro “A Capitania do Pinhancó, Capelas, patrimônios e doadores”, do historiador Hélio Ramos, que revela não “apenas a história dos templos sagrados, mas também das vidas entrelaçadas a estes lugares de devoção”. No prefácio, o escritor Jerdivan Nóbrega de Araújo, diz: “o autor desvenda as ramificações familiares, como seu deu a construção dos seus sítios, o poderio político e econômico dessas famílias, a localização geográfica das grandes fazendas, e como elas vieram a se transformar em freguesias, povoações, vilas e depois nas cidades que hoje ocupam aqueles sertões”.
O autor faz também um breve relato da conquista e colonização do sertão paraibano e entre as 33 capelas e igrejas citadas, revela importantes documentos, dentre eles os da Capela de Nossa Senhora da Piedade de Cajazeiras, às páginas 188/195, pesquisados nos livros de nota e Registros de Imóveis “Coronel João Queiroga”, de Pombal, além de uma “Carta de Luiz Gomes de Albuquerque”, escrita no Sítio Serra Vermelha, em 13 de dezembro de 1815 e que foi encontrada no Arquivo da Cúria Eclesiástica da Paraíba, datada de 31 de maio de 1873, que trata do famoso dote de Ana Francisca de Albuquerque e Vital de Sousa Rolim, que nela constam dois escravos Miguel e Isabel e “das terras que possuímos neste riacho da Lagoa de São Francisco e suas ilhargar, lhe doo-os meia légua de terra, a qual meia légua a tomará onde tem sua casa e currais, pegando a uma Impueira que tem abaixo da casa para o riacho das Cajazeiras acima até onde vir completar a meia légua seguindo o caminho que vai para São José de extrema no comprimento e largura extremado com terras da sua mata fresca e Lagoa das Lages”.
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Esta carta de Luiz Gomes de Albuquerque, nos leva a refletir que o nascimento da cidade de Cajazeiras se deu em 13 de dezembro de 1815, com o dote recebido por Mãe Aninha de seus pais Luiz e Luzia Maria do Espírito Santo. No livro, Hélio Ramos cita que foi no dia 06 de julho de 1836, que Vital e Ana lavraram a escritura de doação ao patrimônio da capela que pretendiam erigir sob a invocação de Nossa Senhora da Piedade, o que viria ser a Catedral de Cajazeiras, em 1915.
Este livro do professor pombalense, Hélio Ramos, é uma obra rica em detalhes históricos, que oferece uma visão aprofundada da formação das comunidades religiosas no sertão.
A carta de Luís para Ana e Vital é um documento que precisaria ser resgatado, emoldurado e posto à visitação pública, já nas festividades alusivas às comemorações do Dia da Cidade de Cajazeiras, em 22 de agosto de 2025, no Bicentenário da Ordenação Sacerdotal do Padre Rolim, um dos mais ilustres filhos de Ana e Vital, fundadores de Cajazeiras.
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