2022, um ano eletrizante
Por Alexandre Costa
Bicentenário, copa do mundo, eleições, ufa! Como vemos, o ano de 2022 promete. Mas afinal, o que podemos esperar desse eletrizante ano? Desses três temas, as comemorações dos 200 anos do nascimento do Brasil com nação (um marco na formação econômica, política e cultural do nosso povo) ainda não entrou no radar da mídia nacional e nem sequer é lembrado pela grande maioria dos nossos patrícios desmemoriados.
A devastação causada pela pandemia da covid-19 nos dá uma esdruxula sensação de que os anos de 2020 e 2021 ainda não chegaram ao fim. Registramos o primeiro caso de covid no Brasil em fevereiro de 2020 com a primeira brasileira sendo vacinada somente em janeiro de 2021. Fechamos o ano com mais de 618 mil mortes ao longo de toda a pandemia, achatamos a curva média móvel de óbitos nas últimas 24 horas para menos de 100, vacinamos com duas doses, 80% do público-alvo, foram mais de 320 milhões de vacinas aplicadas, um notável feito da logística de vacinação do SUS, um grande avanço, considerando que na última semana desse ano o mundo registrou 01 milhão de contaminados de covid em apenas 24 horas. Essa história ainda não acabou.
Na economia, o Brasil não avança, chegamos ao fim de 2021 com as contas públicas em frangalhos, um PIB pífio e estagnado, aliado a uma inflação de dois dígitos em constante alta configurando um terrível quadro de estagflação (uma explosiva mistura de crescimento zero com inflação em alta), continuamos claudicante na aprovação no Congresso de duas fundamentais e imprescindíveis reformas para retomada do desenvolvimento: A tributaria e a administrativa.
A guerra ideológica burra aguçou as cizânias entre os brasileiros, que deve recrudescer com as eleições de 2022, resultando num quadro político polarizado sem precedentes que embaçou a capacidade de discernimento das nossas mentes mais brilhantes até o cidadão comum, envolvendo a imprensa, entidades de classe, segmentos religiosos, um Brasil dividido numa luta sectária para se manter ou tomar de assalto o poder a todo e a qualquer custo.
Salutar seria uma polarização clássica que funciona bem nas maiores democracias do mundo (esquerda X direita) onde o foco final seria o aprimoramento do estado, da nação, da sociedade e não o da idolatria ao candidato que sempre resulta numa relação incestuosa com partidos, corporações e grupelhos políticos. O Brasil já viu esse filme.
P.S. Gostaria de agradecer aos meus fidelizados leitores e leitoras que me acompanharam ao longo de 16 meses ininterruptos sempre nesse prestigiado espaço, desejando votos de um abençoado e profícuo ano de 2022.
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