O circo
“O espetáculo não pode parar”. Berra, a plenos pulmões, em um roto e decaído picadeiro, o mestre de cerimônia de um circo de empanada esburacada e em cuja fachada, com acanhadas e raras luzes piscantes, ainda se vislumbra os rabiscos das inscrições que lhes dão titularidade: “democracia brasileira”. Na plateia paneleiros, assistentes vestindo patrióticas camisetas […]