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Radomécio Leite

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Um novo líder da “Frasqueira”

07/09/2008 às 17h14

Nos idos das décadas de 50 e 60 o termo “frasqueira” apareceu no vocabulário das campanhas políticas de cajazeiras para denominar aos mais pobres que era a maioria dos eleitores do médico Otacílio Jurema, grande líder político cajazeirense que foi eleito prefeito por duas vezes de Cajazeiras, deputado estadual e suplente de senador da República, além de ter ocupado uma secretaria de Estado, com a ajuda do povão da “Frasqueira”.

Várias décadas depois surgiu um outro líder, que conduziu e se fez aclamar por multidões quando falava o refrão: “meus irmãos, minhas irmãzinhas também”. Este jovem advogado foi candidato a prefeito contra todo um sistema e um poderoso grupo político formado pelas mais tradicionais correntes políticas de Cajazeiras, sendo derrotado por apenas algumas centenas de votos, para na eleição seguinte ser eleito deputado estadual. João Bosco Braga Barreto foi durante certo período o grande condutor e herdeiro da “Frasqueira” de Otacílio Jurema.

“Frasqueira” é sinônimo do eleitor pobre, do descamisado, do sem teto, dos pés descalços, dos residentes nas periferias onde pouco existia da presença do poder público: água, luz, calçamento, esgoto, escola e posto de saúde.

Nos últimos oito anos, 20 anos depois do “holocausto” de Bosco Barreto surgiu um novo condutor da “Frasqueira”: Carlos Antonio Araújo de Oliveira, com um detalhe: de origem humilde, sem pertencer e sem estar agregado às raízes do coronelato cajazeirense, a exemplo de Otacílio Jurema, que era filho de um Juiz de Direito e Bosco Barreto filho de um próspero agropecuarista.

Carlos, a exemplo de Bosco faz a sua “Frasqueira” delirar ao som do refrão: “Cajazeiras meu amor, Cajazeiras minha Paixão” e entra na história política da cidade como o primeiro prefeito a concorrer uma reeleição, no exercício do poder, e se elege e vem quebrando uma tradição de que o segundo mandato não tem o êxito do primeiro. Está saindo consagrado pela opinião pública com 80% de aprovação e até os seus mais ferrenhos adversários reconhecem que a cidade tomou um novo rumo e tem reconquistado posições importantes no cenário político e econômico do Estado.

Quais os motivos que levaram o povão a ter respeito e admiração pelo atual prefeito? Seria o seu discurso forte, corajoso e contundente em defesa exatamente dos mais pobres? Por defender e conseguir mais empregos? Por defender a ampliação do direito a casa própria? Por construir esgoto e calçamento na periferia para dar mais dignidade aos seus habitantes? Por ter ajudado com recursos e apoio político da edilidade na ampliação do número de cursos superiores implantados na cidade? Por ter sido no seu governo que Cajazeiras alcançou a sexta posição em arrecadação de ICMS na Paraíba e ainda, segundo o IBGE ser ela a cidade que mais cresce no Estado?

Com certeza a administração de Carlos Antonio ficará inscrita na história desta cidade no mesmo patamar de Francisco Matias Rolim, que a governou por um longo período e foi um excelente administrador.
Com cheiro do povão, o povão da frasqueira, nos últimos 60 anos somente Otacílio, Bosco e Carlos.

Carlos Antonio se fizer seu sucessor, poderá ter um grandioso futuro político pela frente e poderá dar ainda muitas alegrias a sua frasqueira e ao povo de Cajazeiras.

Zerinho

Recebi, na redação do Gazeta, a grata visita de José Nello Zerinho Rodrigues, que me presenteou com exemplares de jornais de Portugal e Espanha, onde esteve recentemente para pagar promessas, em Fátima. Zerinho continua sendo um grande pagador de promessas. Muito mais “gordinho” e de boné está fazendo o estilo Genival Lacerda, aquele que canta Severina xiquexique.


Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Sistema Diário de Comunicação.

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Contato: [email protected]

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