Cajazeiras e o novo cenário político
Por José Anchieta
A semana começou com um fato marcante na política cajazeirense, e que deverá gerar muitos desdobramentos daqui pra frente: a decisão do deputado José Aldemir (PEN) de se declarar, publicamente, oposição ao atual esquema governista municipal, anunciando, portanto, o fim de uma parceria política de mais de 15 anos.
Ao revelar dificuldades de convivência com antigos aliados, principalmente em virtude de compromissos não assumidos, o parlamentar foi claro em afirmar que não vota na reeleição da atual gestora e nem em outros nomes do grupo, defendendo, inclusive, renovação e alternância de poder na política de Cajazeiras.
A posição de Aldemir foi compartilhada pelo ex-deputado Vituriano (PMDB), que também reforçou a ideia de se buscar nomes novos de filhos de Cajazeiras interessados no debate, visando fazer o enfrentamento ao atual grupo governista. Vituriano, a exemplo de outros líderes oposicionistas, tem enaltecido e apoiado a decisão do seu ex-colega de Assembleia Legislativa.
Pois bem, a verdade é que a oposição cajazeirense ganhou fôlego novo, e anda muita entusiasmada. Aliás, isso tudo só reforça a velha máxima de que “a política é muito dinâmica”. A oposição, que saiu muito enfraquecida da eleição passada, perdendo sua cadeira no Parlamento Estadual, de repente, ganha musculatura e começa a dar sinais claros de fortalecimento para os próximos embates eleitorais.
Para alguns analistas políticos, esse é, sem nenhuma dúvida, um fato novo de relevância que mexe com o alinhamento das forças locais para as próximas eleições de 2016 e 2018, e ainda deverá dar um novo tom aos embates políticos daqui pra frente.
É claro que ainda é muito cedo e que muitas coisas deverão acontecer até junho do próximo ano, principalmente nas definições partidárias agora de setembro. Tudo vai depender do poder de articulação e definição dos agentes políticos envolvidos no processo, mas já é possível se antecipar um novo cenário na política de Cajazeiras, com tendência de disputas mais equilibradas e muito acirramento.
Crise hídrica
A cidade do Padre Rolim começa a viver dias de muito drama com a falta d’água e a possibilidade real de um colapso no abastecimento. Moradores de algumas áreas mais altas reclamam que a água praticamente sumiu das torneiras, mas os papéis com as contas chegam religiosamente. Ou seja, estão pagando o ar que sai das torneiras. Na zona rural, a situação é pior, porque não houve ações preventivas.
Trânsito caótico
A população de Cajazeiras continua reclamando ações para minimizar os graves problemas no trânsito local, que são muitos. As faixas de pedestre, por exemplo, continuam apagadas, e se constituem em áreas de risco de acidentes para todos. O quadro exige providências urgentes.
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