A Lava-Jato paraibana

Ricardo Coutinho. Foto: Reprodução / Instagram

Por: Saulo Péricles Brocos Pires Ferreira – Meus novos leitores. Atrasei a publicação dessa semana pois eu ainda não tinha encontrado nenhum assunto que fosse de relevância significativa para transmitir a voces. O menos desinteressante seria o realinhamento e a mudança das diretorias dos cargos de chefia de nossa região, que estavam sendo entregues a técnicos, para que os políticos paroquiais não ficassem monopolizando determinados cargos, como o HRC para fazer seu proselitismo, em detrimento de administradores de cidades menores que seriam colocados em segundo plano, coisa louvável, sem dúvida, mas que não passava de uma obrigação de qualquer governante, para esses que governam cidades menores, ficassem a mercê de apadrinhados de nossos políticos locais, fisiologistas e curraleiros.

Até que ontem, quando num programa transmitido pela iternet, me deparo com um comentário “en passant” de um dos melhores comentaristas políticos de nosso país Luiz Nassif, sobre nossa Paraíba, quando ele respondia a um comentário de que a ex-prefeita da cidade do Conde, uma das mais fiéis seguidoras de Ricardo Coutinho, havia retirado a sua tornozeleira eletrônica. Tentatei reproduzir o que ele disse: se não fosse na Paraíba, um estado periférico e sem grande interesse grande mídia, a perseguição ao ex governador Ricardo Coutinho, seria comparável, e até pior que a operação Lava-jato, ele e seu círculo mais íntimo foram perseguidos de tal forma, que um de seus assessores de confiança que usava essa tornozeleora quando tinha que se deslocar era obrigado a trafegar por uma rótula (nosso popular “girador”) em que parte dela estava fora do alcance de sua tornozeleira, e ele foi por esse detalhe considerado foragido e preso , outro caso era que essa prefeita não podia visitar a mãe doente, pelo mesmo motivo. Se no Sul Maravilha, pelo menos o caso Lula teve sua repercussão notada e anotada até pela imprensa internacional, aqui, qualquer pessoa que se sobressaia em nossa política sofre o mesmo tipo de perseguição com a diferença de que com repercussão mínima, ou nenhuma. É desumano o que estão passando o cidadão, que na minha opinião foi o maior governador de nosso estado nos últimos anos, e seus auxiliares. Ricardo Coutinho seria um bom quadro a ser aproveitado pelo atual governo para qualquer ministério, mas, esbarra num comentário de um representante da Academia sueca ao comentar o porquê de o nosso país nunca ser agraciado por um Prêmio Nobel: “É que o Brasil odeia seus heróis” Qualquer um que se destaque, como é também o caso de nosso atual presidente, é imediatamente acusado de alguma coisa real ou imaginária e se tenta defenestra-lo da política, ou como foi o conselho de Vautrain a Rastinggout, ambos personagens da Comédia Humana de Balzac: “Queres entrar em Paris? Ou tu entras por cima dos muros como uma bala de canhão, pela força do teu gênio, ou por baixo das portas, como a peste pela alavanca da corrupção; sendo que o gênio é odiado, pois toma sem dar…” a exata descrição do que fazem com nosso ex governador Ricardo Coutinho.

Perde o Brasil e perde a Paraíba. Lastimável!

Aproveitem o Carnaval, que eu já aproveitei os meus.

Cajazeiras, 06 de janeiro de 2023.

Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Sistema Diário de Comunicação.

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Saulo Péricles

Saulo Pericles Brocos Pires Ferreira (Pepe): Engenheiro Mecânico, especializado em engenharia de segurança do trabalho, Advogado, Perito em segurança do Trabalho e Assessoria Jurídica, membro fundador da Academia Cajazeirense de Artes e Letras.

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