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Tensão, briga e festa… a saga do Naça rumo à 1ª divisão do Paraibano

Jogo desse domingo em Guarabira teve muita confusão nos arredores do estádio, dentro de campo e clima acirrado entre as torcidas no pequeno estádio

Por Priscila Belmont

26/09/2017 às 09h18

Muita comemoração ao fim da partida entre time e torcida do Nacional de Patos (Foto: Hévilla Wanderley / GloboEsporte.com)

O clima era de tensão. E a disputa pelo acesso à elite do futebol paraibano, entre São Paulo Crystal e Nacional de Patos, parecia mais uma final de campeonato. Com tudo organizado para acontecer em um território neutro, já que a partida foi transferida para o Sílvio Porto, em Guarabira. Mas, não foi isso o que se viu. Pelo contrário, os ânimos acirrados das duas torcidas foi a tônica da disputa, que teve o Naça vitorioso no fim do jogo, pelo placar de 4 a 2. Mas até o apito final e a comemoração de time e torcida, que viajaram mais de 270km para estar ali, o que se viu foi muita confusão dentro e fora de campo.

De um lado, um time que existe há décadas, tradicional e representando a cidade de Patos, a mais importante do Sertão paraibano. Do outro, uma equipe que surgiu neste ano, ambicioso e pertencente a Cruz do Espírito Santo, uma cidade pequena da região metropolitana de João Pessoa. O palco da final, contudo, era Guarabira, já que a partida de volta não podia acontecer na sede do São Paulo Crystal por causa de problemas com segurança. Nem por isso, a apreensão era menor.

Bomba caseira foi apreendida no estádio (Foto: Lucas Barros / GloboEsporte.com/pb)

O policiamento era intensivo. Mas, mesmo assim, uma hora antes de a partida acontecer, houve um princípio de confusão nos arredores do estádio. Durante a partida, uma pedra foi arremessada da rua para a arquibancada e acertou um torcedor do Canário do Sertão, atingindo e quebrando os seus óculos, mas sem machucá-lo. Para piorar, uma bomba caseira foi apreendida. O cenário era de conflito.

Imprensada em um dos lados da pequena arquibancada, a torcida do Nacional de Patos fazia muito barulho, mas algumas vezes era abafada pelos torcedores rivais, maioria no estádio. E, apesar de se ver policiais nos arredores do estádio, dentro de campo e também separando as duas torcidas na arquibancada, a sensação era de que a qualquer momento um embate poderia acontecer, principalmente porque o duelo foi permeado do começo ao fim por brigas e discussões. Tanto que dois jogadores foram expulsos, após confusão que começou durante a comemoração do terceiro gol do Nacional: Kevin, pelo São Paulo Crystal, e Silva, pelo Naça.

A arquibancada respondia ao clima de dentro de campo, reagia de forma feroz aos gols e a cada defesa, bola na trave e retomadas de jogadas, gerando, inclusive, um receio em quem estava ali presente. Entretanto, todo o clima de tensão se desfez, junto com a esperança do time de Cruz do Espírito Santo, ao ver Diego defender o pênalti de Biro Biro aos 41 minutos do segundo tempo.

Depois disso, a arquibancada onde estava a torcida do SP Crystal começou a se esvaziar, por causa dos torcedores que deixavam aos poucos o local. E, com o quarto gol do Naça, que deu números finais ao confronto, tudo se acalmou de vez. Nada restava ao fim do jogo do que o grito da torcida alviverde. O time voltava à elite cinco anos depois.

Globo Esporte PB

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