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EM CAJAZEIRAS: Gari revela que as pessoas negam água e restaurantes proíbem entrada para comprar marmita

Programa Xeque-Mate desta semana recebeu dois garis e um administrador de empresa do ramo para bater um papo sobre os desafios dessa profissão

Por Jocivan Pinheiro

19/07/2018 às 14h42 • atualizado em 19/07/2018 às 14h46

Uma das categorias de profissionais que mais sofrem preconceito no Brasil teve vez e voz no programa Xeque-Mate desta semana. Fernando Antônio recebeu dois garis para bater um papo sobre os desafios dessa profissão. Ao lado deles também esteve um administrador de empresa do ramo.

Maria José é gari da cidade de Varzedo, na Bahia; Jarly Bento é de Cajazeiras e Kelcio Costa é gerente administrativo da empresa de limpeza pública Limpcar, que presta serviço à Prefeitura de Cajazeiras.

Maria José se tornou exemplo para todos, pois ela é formada em Administração de Empresas, faz curso de Marketing, é mãe de 6 filhos, divorciada e cria dois filhos sozinha. Seu currículo acumula mais de 50 cursos técnicos profissionalizantes. Mas o preconceito ainda é realidade em sua vida, pois além de gari, ela é negra.

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Os convidados do Xeque-Mate desta semana

Jarly Bento, por sua vez, faz curso de Bombeiro Civil e Socorrista, estuda à noite e pretende fazer faculdade de Educação Física. Ele já trabalhou na Prefeitura de Cajazeiras antes de ser terceirizado.

Maria José desenvolve um projeto social no período de Natal, quando distribui brinquedos para crianças carentes em Varzedo, onde é funcionária pública concursada.

Discriminação em Cajazeiras

O momento de maior perplexidade no programa foi quando Jarly falou que em Cajazeiras muita gente nega água aos garis, não permitem que eles entrem em restaurantes para comprar marmitas e tapam o nariz quando um gari chega à calçada para pegar o lixo.

O programa exibiu vídeos com depoimentos de garis da cidade de Cajazeiras e do filho de Maria José, Rafael, que emocionou a mãe.

DIÁRIO DO SERTÃO

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