VÍDEO: Passagem de meteoro no Ceará é registrada por câmeras na Paraíba
Câmeras de monitoramento de meteoros estão posicionadas em João Pessoa e Campina Grand
A passagem de um meteoro pelo Ceará, na noite desta quarta-feira, foi registrada por câmeras de estações de monitoramento da Brazilian Meteor Observation Network (Bramon), em João Pessoa e Campina Grande. O ápice da passagem do meteoro foi na cidade de Icó, no Ceará. Mesmo a uma distância de mais de 500 quilômetros entre João Pessoa e Icó, a imagem pôde ser captada com clareza. Assista ao vídeo dos registros da passagem do meteoro abaixo.
As imagens foram descobertas na manhã desta quinta-feira (21), quando os membros das Associação Paraibana de Astronomia (APA) perceberam o registro da estação que fica no bairro da Torre, em João Pessoa.
“Isso foi a passagem de um meteoro, ou seja, de um objeto sólido na atmosfera. A gente estima que esse objeto tinha cerca de 4 quilos de massa e passou gerando um plasca, que é essa luz que a gente consegue ver. Essa luz aumenta dependendo do tamanho do objeto e da velocidade”, disse Marcelo Zurita, membro da APA.
Segundo a Bramon, o meteoro entrou na atmosfera exatamente às 23:08:53, numa velocidade de 17,66 km/s, a 88,4 km acima do município cearense de Jaguaretama. Em oito segundos, ele percorreu um total de 117,1 km brilhando intensamente até se extinguir, a 28,1 km de altitude, sobre o município de Icó, também no Ceará. Nesse percurso, sua velocidade foi reduzida até 12,18 km/s, o que significa uma desaceleração de 0,68 km/s².
Ainda segundo a Bramon, o radiante do meteoro está localizado na direção da Constelação do Dragão, no hemisfério norte celeste. Antes de atingir a atmosfera da Terra, o meteoroide apresentava uma órbita muito pouco excêntrica, compatível com asteroides Apolo, o que pode indicar que este meteoro é um fragmento de algum asteroide do tipo NEA (Near Earth Asteroid), que são asteroides potencialmente perigosos para a Terra.
No próximo dia 30 de junho é celebrado mundialmente o “Dia do Asteroide”. Por isso, Marcelo Zurita também destacou que o mundo precisa aumentar sua cobertura do céu em busca de asteroides potencialmente perigosos para a Terra, que é o tema abordado no Dia do Asteroide.
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